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Artigos-->DESARMAR O CIDADÃO PARA PROTEGER O BANDIDO(Irapuan Costa Jr) -- 07/05/2005 - 00:53 (Mário Ribeiro Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
DESARMAR O CIDADÃO PARA

PROTEGER O BANDIDO(Irapuan Costa Junior).





IRAPUAN COSTA JUNIOR é ex-governador de Goiás e Conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios.





Li, no POPULAR do dia 29 de abril, artigo do dr. Saulo de Castro Bezerra, digno Procurador-Geral de Justiça do Estado, intitulado “Desarmar para proteger o cidadão”.



Mais que respeito, tenho admiração pela competência, seriedade e liderança do dr. Saulo, o que não me impede de discordar de sua crença em que, desarmando o cidadão ordeiro, possa haver diminuição de violência.



Não existe, em nenhum lugar do mundo, sequer evidencia, quanto mais prova, de que desarmar quem é honesto redunde em conter quem é desonesto. Ao contrário. Um lobo prefere um rebanho de ovelhas a um bando de porcos-espinho.



O contrario – de que o desarmamento favorece o aumento da criminalidade- já foi provado e comprovado. Na teoria e na pratica.



Na teoria, já foram efetuadas pesquisas cuidadosas e caras, nos Estados Unidos, transformadas em livros(UNDER THE GUN, de Wright e Rossi, e MORE GUNS, LESS CRIMES, de John Lott, por exemplo). Essas pesquisas chegam à mesma conclusão: desarmar o cidadão dá confiança ao marginal e aumenta o crime.



Na pratica, as experiências de desarmamento feitas na Inglaterra, na Austrália e no Canadá redundaram em fiasco. Pretendia-se reduzir a criminalidade e viu-se uma escalada de violência , associada ao aumento do mercado negro de armas e munições.



No Brasil, temos um exemplo ainda mais gritante: no governo Marcelo Alencar, no Rio de Janeiro, os indicadores de violência vinham decrescendo. No governo do casal Garotinho-Rosinha, resolveu-se implantar um desarmamento radical(do homem de bem).



Proibiram-se os portes de arma. Fecharam-se, por artifícios vários, as lojas de armas e munições, ao arrepio da lei. Juntos, governo, televisão e algumas ONGs voltadas para o desarmamento, como a suspeita VIVA RIO, impuseram toda sua vontade.



Desarmaram e acovardaram a sociedade carioca, alegando que, em poucos meses, a violência diminuiria para níveis civilizados. Ocorreu o contrário. Estatísticas da própria Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro mostram que nestes seis anos, a criminalidade aumenta dia a dia, mês a mês, ano a ano.



O próprio populista Garotinho chegou a assumir a Secretaria de Segurança, tentando reverter a situação. De nada adiantou, ele acabou por literalmente abandonar a secretaria, fazendo de conta que nada tinha a ver com o problema.



A violência, como todos sabemos tomou conta do Rio, e só cresce. Em janeiro deste ano(dados da Secretaria de Segurança do Rio), dois crimes típicos do assaltante mais confiante, entre outros, tiveram grande aumento em relação ao ano passado: assalto a transeunte(mais 76%) e assalto a coletivos(mais 126%). É o resultado do desarmamento.



Enquanto isso, os EUA vêm adotando uma política liberal com relação à posse e ao porte de armas, e vêm a criminalidade cair ano a ano. Nos Estados, onde o porte é liberado, a queda no numero de crimes violentos é ainda mais expressivo.



A sabedoria popular, que nunca pode ser menosprezada, já adotou o bordão: “Criminoso não compra arma em loja”.



A verdade de que o desarmamento do homem de bem beneficia o crime é hoje tão provada, tão demonstrada na prática e na teoria, como dissemos, que é de se perguntar o que se encontra por trás do enorme movimento feito pelas ONGs, por parte da mídia e por setores do governo federal para nos desarmar, ao mesmo tempo em que nada ou muito pouco se faz para desarmar o verdadeiro exército de bandidos abrigado no tráfico de drogas.



É um enorme contra-senso, por exemplo, que o governo inglês financie(junto com outras entidades estrangeiras) o VIVA RIO para nos desarmar, quando sentiu na pele o fracasso da medida, e tenha problemas financeiros internos a cuidar(a falência da industria automobilística, por exemplo).



Recentemente, o ministro da Justiça, numa de suas falas vazias de sentido(e sempre buscando justificar a ineficiencia de seu Ministério) afirmava ter sido um sucesso a campanha de desarmamento por ele empreendida.



Balanço da campanha: 300 mil armas compradas, R$ 50 milhões despendidos. Pobre Brasil, onde um ministro considera sucesso jogar dinheiro fora- 90% dessas armas era lixo puro(algumas artesanais, feitas para “faturar” o Ministério), 5% quase inofensivas armas de caça de baixo calibre, e as restantes, que deveriam ser dirigidas à policia mal-armada que temos, destruídas(como todas elas, aliás).



Toda a verba destinada pelo governo federal à Segurança Publica (de todos os Estados juntos) em 2005 não chega a R$ 150 milhões. Se descontarmos os 50 milhões já gastos na campanha do desarmamento, não sobram R$ 100 milhões.



E o senhor ministro da Justiça ainda quer torrar R$ 600 milhões em um referendum visando proibir totalmente a venda de armas e munições no Brasil...para as pessoas de bem, pois os bandidos continuarão como sempre com seu armamento pesado. Isso sem falar em sua brilhante idéia de diminuir a pena dos bandidos (inclusive em crimes hediondos), porque é caro construir cadeias...Que Deus nos proteja.(O POPULAR, Goiânia, 6 de maio de 2005)

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