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Artigos-->DIA DAS MÃES -- 05/05/2005 - 15:19 (JOÃO BOSCO LOMONACO MENDES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Outrora, todo mundo tinha certeza de quem era sua mãe. Pelo fato de ter nascido.



Pai, nem tanto...



Insisto. Tinha. Porque, hoje, até nisto o homem se intrometeu sem ser chamado...



Você pode ser filho da p... roveta... É. Proveta! Aquele tubo comprido, usado em experiências, nas aulas de química, lembram? Alguém captou um macrogameta de um ovário e colocou numa proveta, em solução, onde largou alguns microgametas de algum testículo.



E o milagre se fez. Anormalmente. Contra o curso normal da natureza. Mas se fez. Porque havia condição da ação divina para o surgimento da vida. E a vida se fez. E o anjo de Deus determinado para cuidar daquele ser, feito à imagem e semelhança de Deus.



Mas o ser não pôde desenvolver-se. Seu crescimento foi frustrado. Abafado nos 130 graus negativos de uma bomba de gelo. Por mil dias. Ou mais.



E o órgão estadual que zela pela utilização de todos os produtos de que o homem vai dispor para o seu bem, sentencia: fora de validade.



O que? Um ser humano fora de validade? É isto mesmo. Um ser humano, objeto de criação anormal, fora dos caminhos naturais feitos por Deus, é desconsiderado como tal. Torna-se “coisa”. Tão descartável quanto lata de feijoada, com data vencida. Já estufada. Fora da validade. No entanto, é um ser, feito à imagem e semelhança de Deus. “Coisificado” pelo quase-deus pesquisador. Ele, ser humano também. Que certamente não admite perder a validade. Nem de suas idéias esdrúxulas e tão ousadas como as dos primeiros pais no Paraíso. Aqueles mesmos que motivaram a encarnação do próprio Filho de Deus para nossa redenção.



Enfim, hoje é Dia das Mães. Dia das mães, também destes filhos, que não puderam escolher o modo de ser gerados. Destas mães, que, dentro de atitude inconseqüente, ou não, doaram o fruto de seu ovário, para a posteridade usar ou abusar, em suas manipulações medonhas, contra o direito mais sagrado da criatura: a vida. A vida sobre que até o Supremo Tribunal Federal, no Brasil, se auto tutela divinos poderes para reduzir, sob alegações que reprovariam qualquer aluno de Direito Penal e/ou Constitucional, em prova final, sob a batuta destes mesmos ilustres mestres do direito.



O poder, realmente, cega. Embaciando até raciocínio inteligente de homens que a gente sempre considerou doutos e equilibrados.



Pois é. Hoje é Dia das Mães. Das deles também. Destas Mães que, talvez, não se sintam, nesta conjuntura, tão à vontade para assumir maternidade tão sem sentido. Quem sabe seus filhos já não estejam fora do prazo de validade também? De qualquer forma, estas mães são verdadeiras heroínas porque são obrigadas e assumir maternidade que, além das normais dores e sofrimentos naturais do fato, também arrostam maternidade de intelecto, cujo desenvolvimento fugiu do natural, também ele...



Hoje é Dia das Mães. Da solteira, também. Que em ato de amor, ou paixão, se deixou iludir pelas falácias de pai irresponsável. Prenhe do prazer pessoal, num ato de machismo animal. Ganhou a “mina”. Que não se preservou. Ele mesmo, no auge do “vamos ver”, também não se protegeu. Ou a camisinha não resistiu. E veio a vida. Indesejada, ou não. Veio a vida. De útero de mãe. Que recebeu de Deus a participação no ato criativo do homem. Ato originado do mais puro Amor entre o Pai e o Filho. Que generosamente se expandiu nas criaturas. Que não souberam preservá-lo em suas finalidades dignamente divinas. Mas ela também é mãe. A mãe solteira. Porque se mostrou heroína em assumir a maternidade infausta. Mas maternidade de um ser. Imagem e semelhança de Deus. Criado por Deus. E teve a vida respeitada pela mãe. Heroicamente.



E porque não comemorarmos o Dia das Mães conscientes e comuns? Elas que buscaram construir uma sociedade dentro da normal célula familiar? Gerando filhos normais. Frutos do amor mais digno da criação. Mães de crianças saudáveis e inteligentes. Mas, também, de filhos excepcionais. Oriundos de mistura cromossômica não tão feliz como se esperava. Resultados da ausência da assistência pré-nupcial ampla e completa, tão importante e quase sempre desprezada em nossa sociedade egoísta. Compenetrada do direito a reclamar contra Deus se as coisas não resultam como sonhadas.



A má escolha não é fruto da Providência Divina, mas da imprudência humana. Estas mães também merecem nossos cumprimentos em seu dia. Porque de seu amor, de sua generosidade e da assunção de suas responsabilidades nasceram as APAES e similares, onde o amor é vivenciado ao extremo. Divinamente.



Comemoramos ainda as mães que, além de mães, também são pais. Pelo abandono precoce dos esposos que se foram. Ou irresponsavelmente, em busca da felicidade própria, ou chamados pelo Pai, que considerou sua paternidade esgotada entre nós, tornando-os âncora celeste no lar que construíram.



Parabéns, mães. Porque o ser bom filho e boa filha não depende só da maternidade. Mas também do meio social onde se vive e se educa. E nem sempre vocês tiveram condição de escolher este ambiente condigno.



Vocês são nossas heroínas. Porque sofreram no parto, na nossa educação, nos nossos descaminhos, na morte prematura de filhos, e até em nossas infelicidades que vivenciam solidariamente. E sempre nos amam incondicionalmente.



Que Maria, Nossa Mãe Celeste, cuja maternidade nos foi presenteada dolorosa , mas generosamente, ao pé da cruz, em João, apóstolo e evangelista, e as mães, que nos deixaram, por cumprida sua missão neste mundo, sejam o generoso canal de nosso agradecimento a Deus e retorno de graças copiosas por sua existência, mãe!





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