A violência urbana nos padrões que assistimos hoje é um fenômeno relativamente recente enquanto ameaça concreta à integridade dos profissionais de imprensa. Ainda não amadurecemos esse debate e dificilmente conseguiremos chegar lá se os profissionais, especialmente os jovens, não entenderem a importância de prestigiarem suas entidades representativas. A pessoa muitas vezes tende a achar que tragédia só acontece ao outro, nunca com ela. É uma fantasia, uma irresponsabilidade, produzida por essa corrente maluca de pensamento de que o coletivo é ultrapassado, que o interesse público morreu quando as experiências socialistas fracassaram, que é cada um por si e Deus por todos, a miragem do “eu, eu, eu”. Reagir a isso é a luta mais digna que um sindicato pode travar. Precisamos romper o isolamento das consciências e convencer os profissionais a se agruparem na defesa de regras para aumentar a segurança e, de um modo geral, na batalha para melhorar a qualidade de vida da categoria.
Aziz Filho é presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro