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Artigos-->BENTO XVI -- 27/04/2005 - 11:48 (JOÃO BOSCO LOMONACO MENDES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
É triste ter-se de conviver com a desleixada falta de informação de alguns de nossos comunicadores. Como se arvoram em intérpretes da opinião universal, num quadro lamentável de ignorância vencível que, nem por isto, procuram dissipar.



Alguém, na imprensa televisiva, para nos transmitir idéia de alemão grosseiro e desumano no Cardeal Ratzinger, quando Decano do Conclave, descreveu-o como indelicado enxotador de intrusos, colocando, para fora do recinto da Capela Sistina, todo mundo, que não podia nela permanecer durante os escrutínios.



Não teve ter lido a Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis (Todo o Rebanho do Senhor), onde o extra omnes (queiram sair todos), pronunciado pelo Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, e não pelo Decano, nada mais é que parte do cerimonial prescrito pela Igreja, para que os Cardeais Eleitores se isolem, diante de Deus, para a escolha do Chefe da Igreja, sem a presença de qualquer pessoa que não estivesse efetivamente envolvida no escrutínio e suas necessidades.



Uma informação solicitada de quem leu a Constituição não levaria o comunicador a tão leviana interpretação de atitudes de quem, apenas, cumpria o que o cerimonial lhe determinava fazer e que não foi o Cardeal eleito Papa Bento XVI.



Outros, simplesmente, o apelidam de “Rottweiler de Deus” por ter sido implacável e permanentemente vigilante, como Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, onde permaneceu por longo período, sempre alerta contra o relaxamento dos costumes das sociedades modernas, com possíveis reflexos em questão de doutrina.



Houve comunicador que chegou a afirmar que, infelizmente, o atual Papa não será capaz de alterar os dogmas da Igreja... Este, com certeza, esqueceu de ler o significado da palavra dogma, nos léxicos que todo aluno de escola de ensino fundamental, no Brasil, já manuseia.



A ignorância é a falta de conhecimento. Ela pode ser vencível, capaz de ser superada com facilidade, ou invencível, se não pode ser superada de maneira alguma. Se a ignorância é de tal maneira vencível, que chega a ser ridícula de ser alegada em favor próprio, chama-se crassa.



Quem não tomou conhecimento da Constituição Apostólica promulgada pelo falecido Papa João Paulo II, aos 22 de fevereiro de 1996? Sobretudo nestes momentos de seu efetivo cumprimento, já que versa, especificamente, sobre os funerais do Papa, na ocasião de seu falecimento, e a eleição de seu substituto?



Pelo menos era de buscar-se, na fonte real de conhecimento da matéria, a resposta tão simples á pergunta mais que natural: “e agora, como será?”.



É a doutrina do “achismo”. Doença que, aos poucos, contamina a todos, a ponto de nos permitirmos “achar” que uma eleição, estudada em seu mínimos detalhes, faça com que, magicamente, um cardeal “vire” Papa. Do mesmo modo como cinco ou seis anos de estudos numa faculdade façam com que “simples” estudantes “virem” comunicadores, médicos, advogados e outros abalizados profissionais na sociedade, como se fosse mágico efeito da varinha de condão de uma vigilante fada madrinha de todos nós...



Inoportuno não é lembrar que, personalidade universal, contudo, o Papa não é, necessariamente, o líder espiritual de todos os homens. Pela personalidade que irradia, de fato, impõe-se como tal. Mas, institucionalmente, ele é líder apenas dos cristãos católicos. E só para eles legisla e doutrina, em seu papel de Pastor Supremo da Igreja Católica, dentro dos princípios intocáveis conhecidos e aceitos por todos os seguidores do Cristo, seu fundador, contidos das Escrituras Sagradas e na Tradição Universal de que esta Igreja Apostólica é intérprete única e guardiã absoluta.



Se você é constituído o guardião do cofre do seu banco, com certeza você não vai admitir o menor relaxamento na vigilância que seu gerente lhe impôs, com vistas à segurança dos valores nele guardados. E contará e recontará reais e centavos existentes, ao abri-lo e fechá-lo em seu expediente.



Poderá isto ser considerado rigorismo exagerado? Intransigência? Falta de humanismo? Desprezo para com os coitados ladrões inveterados? Falta de respeito para com os pobres que não possuem dinheiro suficiente para sobreviver? Desconfiança sobre colegas de trabalho?



Pois é. O Cardeal Joseph Ratzinger não poderia ter agido diferente, como guardião do mais alto tesouro da Igreja: Fé e Doutrina.



Mas o Papa Bento XVI, com certeza, confirmando a fidelidade que devota a Cristo e sua Igreja, indubitavelmente, será um homem de fé e de certezas, mas deverá mostrar ao mundo seu humanismo clemente e carinhosa paternidade.



Aguardemos os acontecimentos, abstendo-nos de pré-julgamentos.



Até o presente, em seus poucos pronunciamentos, tem ele demonstrado o interesse na união de todos os cristãos, e nos alertado para uma doação generosa para com o Deus que nos criou e nos sustenta, na certeza de que não seremos mais exigidos do que fomos por Ele agraciados.



O verdadeiro cristão entende muito bem o significado desta vivência de fé. E a aceita com generosidade. Porque conhece, com profundidade, a vida dAquele que lhe deu o exemplo e o nome. E porque O conhece, O ama, acreditando na sua Misericórdia Infinita.



Na Missa de abertura de seu pontificado, Bento XVI deu um show de piedade, espiritualidade, fé e obediência restrita aos ritos litúrgicos, como exemplo, simples e sem vaidade, de como lidar com o Sagrado.



Quem nos dera nossos sacerdotes assimilem seu belo exemplo de respeito, piedade e fé, para melhor exercerem o papel de canais do sagrado para seus rebanhos. Exempla traunt. O exemplo arrasta.



É. Estamos precisados de um revitalizado arrastão espiritual no Brasil.





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