Na lição que vimos outro dia, apareceu a palavra ‘pétanque’. Ao explicar, eu disse que é um jogo parecido com a bocha, muito praticado na França, principalmente no sul do país. Não precisa de pista nem daquela canaleta, joga-se em qualquer terreno que não seja acidentado. Até mesmo em Paris homens se distraem com ‘ela’ em parques ou praças que têm o chão de terra. Eles vão jogando e andando. Às vezes os vemos em discussões calorosas, todos agachados, com uma reguinha na mão para contar os milímetros de diferença entre as bolas que parecem ser as vencedoras.
Lançada uma bolinha de madeira, os jogadores devem atirar – sempre posicionados no mesmo ponto - uma bola de metal, relativamente pesada. Cada jogador tem a sua. Aquela que mais se aproximar da pequenina ganha a partida.
Meus aluninhos adolescentes ficaram intrigados, disseram que nem conhecem a bocha... Diante disso, prometi levar o jogo que tenho aqui em casa. E ontem foi o dia.
Dez minutos antes do final da aula saímos da sala com a caixa de bolas e nos dirigimos ao jardim que (neste caso infelizmente) era gramado. Não deu para seguirmos rigorosamente as regras, foi só uma pequena mostra.
Mesmo assim eles adoraram, não queriam mais parar. Confesso que eu também aproveitei aqueles momentos de alegria juvenil. Não só pelo prazer de jogar novamente a pétanque, sobretudo pela aula diferente que pude dar.
Viajei no tempo, me senti como se fosse uma “filósofa grega”...
