Marginalidade até quando?
Desde que começamos a entender as coisas, ouvimos falar de violência, drogas, prostituição, etc., e nunca nos deparamos com nenhuma solução para um desses pontos, apesar de, em épocas eleitorais, os demagogos políticos querem fazer do povo idiota e prometem, fazem e acontecem, quando na realidade, não passam de planos eleitoreiros, esquecendo qualquer compromisso após eleito com a sociedade assumido em público. O que mais impressiona é que entra e sai ano e as promessas são as mesmas e o povo continua acreditando, ou senão querendo acreditar, mas nada de concreto se consegue, pois o povo vive única e exclusivamente de esperança de um dia melhor.
Atualmente, um dos problemas que mais afligem a nossa população é a marginalidade, principalmente de menores, que vem aterrorizando a sociedade, transformando Picos num grande centro de criminalidade, onde reinam as drogas, prostituição e violência de menores. Hoje, já não é possível andar depois das 22:00 horas, com segurança, pois os baderneiros e violadores das leis estão soltos e, sem nenhuma vigilância, o que provoca sérios riscos à população que está nas mãos desses meninos de ruas inconseqüentes.
Vários são os exemplos que temos desses bandidinhos trafegando normalmente pela cidade amedrontando o povo. Num desses exemplos lamentáveis, um garoto não foi morto por três pivetes porque tinha um trocado no bolso. Outro exemplo foi comentado por uma pessoa que tem contato direto com a comunidade (ACS) que se deparou com uma criança de 8 anos desmaiada em plena rua, quando se aproximou percebeu que o garoto estava dopado, por ter cheirado cola. Essa marginalidade cresce assustadoramente e, pouco está sendo feito para reverter esse quadro.
Agora não podemos apenas responsabilizar somente as famílias dessas pessoas pela situação em que seus filhos se encontram aterrorizando a população e cometendo crimes, porque a sociedade como um todo também tem sua parcela de contribuição e culpa, pois existem clubes de serviços e instituições que cuidam desses menores e pessoas preocupadas com a situação, mas no entanto não encontram apoio devido na sociedade que ainda marginalizam esses infelizes, transformando-os cada vez mais em marginais.
E, nos perguntamos, até quando vai continuar essa marginalização? As camadas mais pobres, como em todos os casos, são sempre quem sai perdendo. Não podemos deixar que as coisas continuem como estão, à revelia, sem que se dêem satisfações e se tomem conhecimento de tudo o que acontece na sociedade, pois também somos responsáveis.
E não temos que participar só dos bons momentos, mas das decisões importantes e, principalmente, da integralização de um povo que precisa ser mais unido.
Não podemos esquecer da participação importante do Poder Público nessa circunstância, pois os governantes, mais do que ninguém , tem que apresentar uma política de acabar a marginalização em nosso país, especificamente em Picos.
(Francisco das Chagas de Sousa, jornalista e professor)
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