A responsabilidade de ser imprensa
É muito bom criticar, principalmente quando não se tem a responsabilidade de fazer a coisa certa.
A Imprensa não tem a liberdade que ela gostaria de ter. muita gente pensa que fazer jornalismo seja no rádio, jornal ou televisão é só abrir a sua empresa e contratar qualquer pessoa. Talvez teoricamente seja assim, mas na prática a coisa muda de figura. A exemplo disso vemos a Imprensa de Picos que muitas vezes colocam uma posição à frente do seu veículo, sendo outro por trás.
Não se conhece, desde há muito tempo, imprensa livre, como pregam. Seja qual for o meio de comunicação, sempre tem o dinheiro de alguém que no fundo não é político, nem pertence a partido político, mas é amigo de um político, ou então é um empresário que não entende de jornalismo e defende seus interesses financeiros, o que é muito comum.
Quando se vê um veiculo de comunicação imparcial (o que não existe) ela defende os interesses do oprimido, abandonado, sem advogado e luta por melhores dias como um todo, sem levar em consideração se vai atingir A, B ou C. O fato deve ser divulgado sem restrições. Do contrário, só defendem seus interesses pessoais. Se o veículo pertence a um determinado grupo político, defende os seus interesses e de seu grupo; se pertence a um empresário com ligações políticas, defende quem paga mais e se é empresário jornalista, procura sondar os lados e formar a opinião pública para que ela julgue e não o veículo.
Um fato que registra bem uma dessas situações é o problema da sonegação de ISS, cobrado pelo município aos bancos oficiais e divulgado no JP como sendo sonegação do referido imposto, quando os bancos contestam a matéria e dizem que não pagaram, mas não são sonegadores porque tem documento isentando a instituição do pagamento, mas a prefeitura, por sua vez, informa que o prefeito anulou a autorização com data retroativa. Cada um apresenta a sua versão e cabe ao jornal publicar, deixando que a população se manifeste do fato e faça seu julgamento, pois ninguém melhor do que o “povo” pode fazê-lo.
O papel do profissional de imprensa é importante na sociedade. É por isso que tem que ser feito com seriedade, responsabilidade e competência, para não deixar margem de segundas colocações.
Infelizmente vivemos num país que se diz livre, democrático e ima Imprensa imparcial, o que realmente não é verdade. Muitos de nós tenta na medida do possível, fazer algo em prol dos menos favorecidos, mas sempre existiu, existe e existirá uma limitação. Uma pena, mas é pura verdade.
(Francisco das Chagas de Sousa, jornalista e professor)
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