Para dizer que te amo
me escancarei inteira
numa arredia maneira
de falar em códigos no álamo...
Para dizer o quanto te quero
na noite te espero
nas rimas sujas e marcadas
ensaiando delírio
nos olhos me colírio...
Para dizer do meu desejo
apenas dou-lhe um beijo
na tela triste e fria
alegria e melancolia
travestidas de fantasia
na nossa densa magia
espalhando no belo
no poema paralelo
provando o quanto te quero...
Para dizer mentiras
nas trocas e catiras
que nos fizemos dois
embora sejamos um
na inexistência de ambos
nos versos vis escambos
deixando a realidade comum
nos desejamos depois
provando o quanto não somos...
Para dizer verdades
nos transformamos em menestreis
apenas três bacharéis
iludindo pelo lúdico
do safado ao pudico
Enganando o destino
nos encontramos menino
no rompante da madrugada
mostrando a falta de estrada...
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P aixão nortuna
A mor em prosa
B eleza em versos
L iberdade de expressão
O rgulho-me ser sua Mina...