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Artigos-->HUMANISMO E SANTIDADE -- 17/04/2005 - 15:35 (Francisco Miguel de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
HUMANISMO E SANTIDADE



Francisco Miguel de Moura



– Que lugar bonito! Mas tão estranho e tão deserto!

Um cidadão vai no seu carinho l.0, sem ar nem alarmes, sem rádio nem toca-fitas (ou cedês), comprado em longo prazo, dinheiro emprestado para o sinal... Se assim o fez é porque tem crédito e respeita a propriedade privada. Eis senão quando avista um motoqueiro de forma que não foi possível livrar-se duma batida lateral. Assustado, desce do carrinho e tenta socorrer o outro, que lhe pareceu desacordado, quer saber o que sente... Rápido, o motoqueiro se levanta e dispara uma arma contra o cidadão, acertando no peito. Ele caí. Em seguida o latrocida acena para um outro comparsa postado ao lado de uma bicicleta, do outro lado da estrada, e logo se encarregam de “pelar” o carro e o dono de todos os seus pertences: bolsa, relógio, cartão de crédito, de saúde, sapato, camisa, correm e entram no matagal. O bom cidadão permanece parado, no chão, como morto, sangrando, até que um grupo de rapazes (parece que vinham de uma festa) o levam para o hospital.

O humanismo e a lei, no caso, trabalharam contra o cidadão e beneficiaram os malfeitores, e já vinham colaborando desde o marginal criança-de-rua até o brutamontes que se torna o facínora incorrigível e faz milhares de vítimas, como numa guerra.

No Brasil estamos numa guerra, não há mais condição para praticar-se o humanismo. A única solução é apelar para santidade, mas nem todos têm essa vocação. Jogar tudo pra Deus e para a outra vida, pegar um tapa numa face e virar a outra para o esmurrante. Assim dizem os conformistas.

O exemplo impessoal acima pode já ter acontecido ou mesmo ir acontecer uma e mais vezes. Na selva em que estamos é claro que ainda existem os humanistas, inclusive os que fazem as leis de proteção à integridade do homem e à liberdade da criança. É claro que eles precisam existir. Mas quem vai proteger o cidadão e a cidadã, neste inferno de selvageria em que vivemos? Não se respeita a propriedade privada, não há nenhum respeito à vida. E assim, todas as liberdades ficam comprometidas. Não adianta dizer: “Defendo isto porque defendo a liberdade”. Puro engano. Sem direito à vida como pode haver liberdade? Há quem, exasperado, ache que não há remédio e o negócio é vingança. Inclusive pela própria Polícia. Mas, se o governo não tem a menor competência em segurança, assim o melhor é cada um defender-se por si. Reza a constituição americana – e nós costumamos imitá-los sempre no que há de pior – que cada cidadão tem o direito de defender-se ou agredir outrem, inclusive com arma de fogo.Não creio. Devemos apoiar a abolição da arma em mãos de particulares porque certamente o bandido vai apropriar-se dela para atingir o cidadão. Em contrapartida, os governos devem controlar a comercialização de armas, ou melhor ainda, sua produção. É uma das formas de redução da violência. Outra é o controle da droga. Impossível? Talvez não. Para o rol dos bandidos irrecuperáveis, na minha compreensão, entram os bandidinhos de 15, 16 e até 18 ou 20 das FEBEM(s), irreversivelmente. Cometem crimes bárbaros, devem ser rigorosamente punidos. Cadeira elétrica não, cadeia dura sim, solitária, em condições as mais miseráveis. Só assim pagarão seus crimes. Nesse ponto, não sou cristão. Eliminando-os simplesmente, não pagam o que devem. Nenhum perdão. Prisão perpétua neles. Aí, estaremos praticando humanidade com os bons e a justiça com os maus, dando-lhes o direito à vida, que eles roubam barbaramente dos cidadãos.

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*Francisco Miguel de Moura, escritor, membro do Conselho de Cultura, está relendo os clássicos, entre eles Dostoiévski e Tolstói.



























































































































































































































































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