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Artigos-->MISS BRASIL -- 15/04/2005 - 09:40 (JOÃO BOSCO LOMONACO MENDES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
MANCHETE. O CRUZEIRO. Eram os periódicos que, em meados do século passado, dedicavam deslumbrantes fotos às belas mulheres da época. Porque fotos coloridas eram coisas de grandes magazines, como se chamavam as revistas semanais da época. Cadernos centrais mais gordos, proporcionais às lindas modelos em fantasias cheias de frufus e baianidades. Ricas e brilhantes. Vestidos de baile muito elegantes e clássicos. Finalmente nos célebres maiôs Catalina.



Eram mulheres bonitas de se ver. Enchiam os olhos como as roupas que vestiam. Bem definidas e palpáveis. Semblantes rosados e sadios. Busto e quadris vistosos e bem definidos. Tornozelos bonitos de serem expostos e apreciados, com olhos concupiscentes, porque redondos e bem moldados. Autênticos violões desfilantes. O violão é pegável. Abraçável. Agarra-se com prazer. Enfim, corpo modelar de fazer inveja a qualquer Vênus de Milo. Marta Rocha, Yeda Maria Vargas e, mais recentemente, virando o século, Vera Fischer, que ainda desfila com direito a seu cetro perpétuo de dona da passarela.



Fui contemporâneo de uma das misses gêmeas do Estado da Guanabara, nos incômodos e saudosos bancos das salas de Direito da velha e saudosa UEG, no Catete, na década de setenta. Vistosa. Linda. Valendo, aqui, lembrar o velho mestre professor de Filosofia do Direito, que recuperava qualquer colega, de mini saia, que sentasse em sua frente, na prova de recuperação oral. E estava certo. Valia a pena olhar aquelas pernas belas e torneadas a se cruzarem e descruzarem, nervosamente, diante da lente grossa de seus pesados óculos...Aprovadamente aprovada.



Hoje, a gente não sabe quais os parâmetros usados para medir as misses... A Grazi, na exuberância grácil de seus apara-abraços, mostrava-se ainda valorosa da cintura para cima. Sereia invejável que prendeu o Ogro mineiro do BBB deste ano... Mas, no geral, as novas misses estão “tipo assim” Dois Candangos. Conhecem? Aquela escultura genial, gafanhoticamente anorética, em pose de atenção, que resseca em frente ao Palácio do Planalto, aqui, na Capital Federal.



Que pena a infeliz degenerescência modelar da beleza feminina. De violão a taboa de passar. Parece terem, antes do desfile, que passar pela prova do destrói moamba de Cds clonados, no asfalto quente da Vila Militar, sob os pesados cilindros dos tratores verde oliva, implacáveis.



Consolador e sonhador imaginar-se que as belas mulheres gregas e contemporâneas dos grandes escultores da época de Miguel Ângelo e discípulos tinham parâmetros esculturais da Vênus de Milo. Pena que, daqui a séculos, terão de pensar e ter pesadelos com nossas misses de hoje, modeladas na miséria e exangues, ostentando faixas Fome Zero, de parâmetro tipo assim Dois Candangos...



Com certeza a miscigenação de nosso Brasil merece melhores medidas a partir das belas cabrochas litorâneas da imensa costa brasileira, generosas em seus fios dentais arrazadores...





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