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Artigos-->CARTA A UM EDITOR -- 11/04/2005 - 17:47 (Francisco Miguel de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


CARTA A UM EDITOR





Resolvi tornar pública esta “carta a um editor” do Rio, porque ela deve ser pública e valer para todos os demais que não cumprem o seu papel. Os dois maiores inimigos do escritor são o editor e o livreiro, um porque bota banca demais pra editar e depois não paga os direitos autorais quando publica; o outro porque não sabe distribuir nem vender, não tem a menor vocação para a coisa, muitas vezes culturalmente é um analfabeto, nunca tendo lido nem as orelhas dos livros que expõe. Na verdade, é um elogio ao escritor e editor Francisco Wenceslau dos Santos, o qual, mesmo sendo um pequeno empresário das letras, está vencendo as dificuldades todas e publicando o melhor que pode.

“Teresina, 16 de outubro de 2004.

Caro Editor Francisco Venceslau dos Santos, conforme aludi em carta anterior, está pronto, digitado, formatado, em fase de última revisão, o livro “FRANCISCO MIGUEL DE MOURA: UM CANTO DE AMOR À TERRA E AO HOMEM”, de autoria de cinco professoras, todas universitárias, cujos nomes declino: Nelly Novaes Coelho, Rejane Machado, Maria Gomes Figueiredo dos Reis, Rosa Maria dos Santos Kapila e Maria do Carmo Martins Lopes.

Organizei os 5 estudos, mas falta-me ainda o prefácio. Evidentemente que não vou escrever nada sobre mim, seria um exagero, uma falta de modéstia muito grande. Creio que você poderia fazer-me o prefácio. Mas não só isto: tentar colocar na coleção de “Geografias literárias – confrontos: o local e o nacional”, Editora Caetés, Rio, 2003 (Rua Gal. Roca, 429 sala 02 – CEP 20521- 070 – Tijuca – RJ), de sua organização.

Por falar nesse livro tão importante, como é que vai sua distribuição, venda, aceitação crítica? Trata-se de uma das melhores e mais corajosas obras de crítica nacional, enfrentando tabus enraizados em nossa estrutura colonial. O centralismo cultural tem a ver com o governamental e o “democrático” despótico, emburrecedor, canhestro no mundo atual. Tem que ser desmantelado. E você começou a fazê-lo. Na minha “Literatura do Piauí” já escrevi que os críticos e historiadores brasileiros ficam no Rio e São Paulo, sentados, de onde pensam que sabem tudo o que acontece de bom no país apenas freqüentando as livrarias locais, as rodas literárias e de fofocas, porque lêem dois ou três jornais do Centro-Sul e vêem a televisão a cabo. Não é possível. Graciliano Ramos, homem de cultura e de caráter, certa vez foi incumbido por uma editora de fazer uma pesquisa sobre o conto brasileiro. Pois saiu ele de Estado em Estado, lendo e observando, catando os contadores de estórias, os contistas. No Piauí, encontrou dois dos bons, que foram colocados na antologia. Nos outros Estados, inúmeros. Mostrou que a literatura e a cultura do país não pode ser historiada com uma visão caolha, equivocada, ignorante e absurda. Mas, depois disto, tudo continua no mesmo, me parece. Salvo o aparecimento de seu livro, a sua ação digna de louvores, caro Wenceslau. Para o bem de todos, precisamos desmanchar essa joça.

Gostaria de saber se poderia mandar o livro para sua apreciação. Mesmo que esteja sentindo na pele o problema de distribuição do livro no Brasil: dificultada, interrompida econômica, política e culturalmente. Escreva-me, mande e-mail, carta ou fax.

Atenciosamente,

“ Francisco Miguel de Moura - escritor brasileiro, mora em Teresina”.

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