Os eleitores continuam os mesmos
Francisco das Chagas de Sousa
Vivemos num Estado Democrático de Direito, onde as pessoas têm o livre arbítrio para manifestar seus desejos, expressar suas idéias, suas opções sexuais e como não poderia deixar de falar, até porque estamos num período eleitoral, suas preferências ideológicas político-partidária. Diante dessa liberdade, os eleitores deveriam se utilizar desse meio para manifestar sua insatisfação ou satisfação votando em propostas partidárias que estivessem dentro da sua linha de pensamento, ou pelo menos se aproximasse, o que não vem acontecendo, apesar de haver uma propagação de que o eleitor está cada vez mais exigente e preocupado com o futuro de sua cidade. Com a globalização, realmente, deveria ser assim. A população eleitoral cresce, a imprensa está atenta aos fatos e acontecimentos, divulgando-os quase que paralelamente ao ocorrido, mas a consciência que falaria mais alto, ainda não chegou ao nível esperado, pelo imediatismo das pessoas, pois preferem uma atenção ou ação pessoal hoje, à realização coletiva de amanhã. Digo isso, por ter vivido na pele nessas eleições que estão se encerrando no próximo domingo, 03 de outubro de 2004, quando presenciei, um médico dizendo ter inserido seu título eleitoral num compromisso de um amigo para conseguir algumas carradas de aterro e um estudante universitário solicitar de candidato que pagasse a recuperação do motor do carro do seu pai, que todos os votos da família seriam direcionado para o candidato. Isso mostra, que ainda estamos vivendo aquém do mundo que queremos, pois não se justifica que em pleno século XXI, pessoas politizadas, que deveriam estar à frente com reivindicações justas, coletivas em prol de uma sociedade igualitária e justa, ainda estamos vivendo muito distante do que sonhamos, mas não é por causa de casos como esse, que devemos perder a esperança de uma país melhor. Esse foi apenas um pretexto encontrado para despertar nas pessoas a preocupação em escolher bem seus candidatos para que não se arrependam por 04 anos. Benesses pessoais duram pouco, benefício coletivo é para toda eternidade.
(Francisco das Chagas de Sousa, jornalista e professor)
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