PT: O 3º ANO DE DECEPÇÃO
Filemon F. Martins
Estamos vivendo o 3º ano da Administração do PT no país e nada do que se esperava, em termos de mudanças positivas, ocorreu. O PT, longe de cumprir as promessas feitas durante anos, optou por continuar com a mesma política social e econômica de FHC, a mesma política educacional com os mesmos problemas e defeitos, por ser mais conveniente.
Não é preciso ser educador para perceber, especialmente no interior do Brasil que as condições em que vivem as crianças pobres continuam piores a cada dia. Em alguns casos, em vez de freqüentarem as aulas, muitas delas estão trabalhando nas rodovias, outra calamidade nacional, onde tapam buracos para ganhar algum trocado dos motoristas, já que em casa não há recursos para uma refeição sequer. E em algumas regiões do Brasil, dominadas pelo moderno coronelismo político, distantes dos holofotes da fiscalização, sabe-se, nem sempre a merenda escolar chega.
Por outro lado, a mídia tem-se encarregado de propagar informações com resultados de “avanços” na educação. São estatísticas mostrando que houve aumento do número de crianças matriculadas nas escolas, como se isso bastasse para melhorar a qualidade do ensino praticado no Brasil. Estas notícias satisfazem o governo do PT, mas para quem observa ou vive no interior dos Estados, a realidade é bem outra.
Observa-se que a miséria criada, zelada e alimentada através de séculos no interior do país continua intacta e quanto ao “avanço” na quantidade de crianças em salas de aulas, representa menos tempo para o professor dedicar-se ao aluno e ao ensino. Mas o sucateamento se dá não só na educação, mas também nos transportes, na segurança, nos serviços públicos, como saneamento básico, eletrificação, apesar dos programas do governo, como Eletrificação Rural (FHC) e Luz no Campo ou Luz para todos (Lula) e na saúde pública que se encontra há muito tempo na UTI. No interior do Brasil, principalmente para os idosos, as consultas, os exames, os medicamentos são caríssimos e levam todo o dinheiro do pobre aposentado.
Um dos maiores pecados do PT foi se deixar seduzir pela elite e com bajulações se ajoelhar ante a comunidade internacional, em troca de esmolas. Assim, enquanto os banqueiros batem palmas para Lula, porque abarrotados de dinheiro, os excluídos, vítimas do descaso e da pobreza arraigada nos rincões brasileiros, continuam desfigurados, miseráveis e oprimidos numa terra sabidamente rica, como é o Brasil.
A esperança, que reinava entre o povo brasileiro, de que o Brasil poderia seguir, finalmente, novo rumo, não subsiste mais. Passados mais da metade do mandato presidencial, é possível que daqui para frente, ele e seus amigos venham a pedir mais quatro anos para que os ricos continuem acumulando riqueza e aplaudindo, enquanto os pobres e oprimidos trabalhadores (aqueles que ainda têm trabalho) continuem a clamar no deserto da macroeconomia por trabalho, melhores salários e dignidade.
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