Uma Carta Que Não Será Lida - II
Acordei com saudades de ti...não mais que nos outros tantos dias da minha vida, em que silencio meus olhos que te guardam. No entanto, existem momentos em que a saudade deseja ser expressa, anunciada...há dias, em que meu coração transborda teu nome, deixando-se escrever nos lábios de cada palavra. Sobram-me ternuras, quando digo-te em mim; sobram-me vontades no peito, quando penso-me em ti...preciso-me em sonho, para colorir-me os olhares e instigar-me fomes que desconheço.
Enquanto me faltas, insinuo-me em poesias. E são meus versos ressonância de ti. Melodias inequívocas, que te dedilham, entrelaçando sensações e gestos que suplicam teu toque. Apascenta-me o percorrer das minhas mãos pela alameda das palavras, onde vou esculpindo horizontes apenas pretendidos, sussurrando metáforas que nem sempre as linhas adivinham.
Não sei, o que fazes em tuas distâncias de mim. Não assimilo esta ausência, nem qualquer hiato no saber de ti. Conheço apenas dos elos que unem nossos olhares em algum lugar chamado saudade. Ah, que sejamos abraçados por um destino que nos seja cúmplice.
© Fernanda Guimarães
Em 20.04.02
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