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Artigos-->GUARIBAS: Enchente depois 30 anos -- 26/03/2005 - 11:05 (Francisco das Chagas de Sousa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






Francisco das Chagas de Sousa*



Acreditava-se que não teria mais inverno com capacidade de inundar a cidade de Picos, através do seu único rio, o Guaribas, que corta a cidade. Os últimos invernos não ultrapassavam a marca dos 400 mm de chuvas.

Este ano, as pessoas imaginavam que não iria chover, pois iniciou o ano sem perspectivas nenhuma, mas como Deus não abandona os seus, sabendo que os Nordestinos precisam das chuvas para fazer seus plantios e colher os frutos da lavoura para sua sobrevivência, deixou a todos perplexos, pois o inverno chegou e trouxe consigo muitas chuvas, até parecem as enchentes já passadas pelo velho Guaribas de outrora, como as de 60 e 74 que deixou milhares de desabrigados, assim como está acontecendo agora.

Desde a quinta-feira da semana passada que chove na região de Picos, chegando a causar espanto na população, como aconteceu em Fronteiras, quando em uma única chuva o açude subiu 7 metros, quebrando ponte e deixando a todos daquela comunidade assustada. Voltando para Picos, a situação é quase idêntica, pois tem chovido sem parar, o Guaribas já não comporta mais tanta água, apesar de ter sido construído em gestões passadas uma outra passagem, a fim de minimizar o grande volume de água, que desceria do açude de Bocaina, o que muitas pessoas achavam ser desnecessário, pois jamais cairia outra chuva como a dos anos 60 e 74, ledo engano. A chuva caiu, continua caindo e parece não ter fim, as casas ribeirinhas já foram atingidas, desabringando seus moradores e ameaçando os que moram nas proximidades, chegando a atingir grande parte do centro da cidade, ameaçando comerciantes e populares de um modo geral.

Na noite de quarta-feira, 21, a aflição foi geral, as escolas, universidades e vários outros setores não funcionaram, pois a população estava aflita, insegura e preocupada com o que pudesse acontecer, pois não parava de chegar água no Guaribas. No domingo, 25, a aflição se repetiu, muitos abandonaram seus lares e saíram em busca de alternativas para não passar pelas mesmas agonias das noites anteriores. Os que tinham condições alugaram apartamentos ou casas, os que não têm ficaram á mercê da própria sorte, esperando a ação dos órgãos públicos municipais e estaduais.

Como a cidade não conta com a Defesa Civil, a própria comunidade, empresários, vereadores e prefeitura se mobilizaram a fim de socorrer as famílias vítimas da enchente, levando-os para as escolas, sede da prefeitura e casa de amigos ou parentes.

Por essa, muita gente não esperava, pois na região não chovia mais. As chuvas eram tão poucas, que as pessoas não acreditavam no inverno, nas enchentes e estavam construindo dentro do rio, desrespeitando as leis ambientais e as leis da natureza.

Enquanto as cidades do Sul e Sudeste sofriam enchentes, as regiões do Nordeste sofria com a escassez de chuvas, agora vieram as chuvas com enchentes para o Nordeste. Acredito que esta situação sirva de reflexão para o povo. Não é 60, nem 74, mas 2004, uma enchente com as outras.



Francisco das Chagas de Sousa, professor substituto da UFPI – Campus de Picos.



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