Natal não é festa prá todo mundo não!
Tem Natal pobre e Natal rico,
Natal, que a maioria tem em profusão,
Mas outros que nada tem,pois estão na completa solidão!
Prá pensar bem, se a gente meditar
sobre o Natal, vai achar uma porção de coisas
umas erradas, outras certas - é só pensar!
Nem tudo na vida não corre como a gente ousa!
Natal é festa de todos: todos dão e recebem,
Tem comida diferente e roupas exuberantes
Mas, no fundo, a gente sente um vazio de desordem
Pois nem todos estão lá prá nos fazer exultantes!
Sempre falta alguém na festa de todos
Mas se você olhar em volta vai ver, de cara,
Que a festa não está completa de ouros e toldos;
Um se foi cedo, outro na hora, outro foi sem querer,
e nisso pagamos nossa dor com muitas asas.
Natal é festa graciosa cheio de abraços e vinhos,
Todos riem e se confraternizam
Afinal é dia especial onde tem até floreado de pinho.
Os presentes se abrem a festa é linda!
Mas nem todos nem tem Natal
e nem pensamos neles, sozinhos!
Só pensamos na gente como tal,
e não ligamos para os que estão pertinhos
mas nem uma flor de beleza brutal
recebem na bela noite, quase certinha.
Eu não tenho nada com o Natal
Não tenho família, nem pai, nem mãe,
não tenho parentes nem um amigo,nem presentes no varal!;
Sou sozinho e nada de ninguém fica comigo, e ninguém que faça de luz o como tal!
Por isso o Natal fica esquisito:
todo mundo parece que tem alguém,
mas a história não é assim não:
tem muito grito
de solidão,
e deixas que nos imprensam no só de
algum paredão.
E assim fico olhando o Natal com certo interesse:
ele não foi feito prá todos:
foi feito para todo mundo, mas só alguns de
sorte o aproveitam com muita prece;
outros só passam por ele,
como uma estrela tão vazia, cheio de angústias
e solitários vazios que bate cheio na tez.
O Natal é bom e querido
Mas não foi feito prá todo mundo não;
Uns tem e, sorte, são os de pura alça,
Outros nada tem e ficam de cor pálida
e corpo azinhado e árido na luz de feridas garças!
Natal não foi feito prá todo mundo não!
Tem gente que nem pode apertar uma querida mão!
Tem gente que não tem ninguém,
E suporta tudo calado e com muito desdém!
|
