Amo esse sangue que seu corpo circula,
Amo-te como andas e quando ficas,
E perto ou longe te amo e não calculo
Quanto amo a carne que a sua febre agita.
Amo quando te vejo e quando penso,
E amo ainda mais quando se aproxima,
Amo-te desacordada e quando se anima,
Com a fúria do desejo e com meiguice.
Amo-te com um amor quase infinito,
Mesmo que de mim fique distante,
Amo-te até nas imagens que repito,
Amo-te a vida inteira e nesse instante,
E no meio da multidão estás sozinha,
Poque te amo com o seu amor constante.
De tanto te amar, já se sente minha,
Ainda quando estejas mais confusa.
Por eu te amar não podes ser mesquinha,
Nem nunca se tornará a velha musa.
Com aquele sorriso que o pranto inunda,
Amo-te ainda que louca no hospício,
Se tanto te amo, amar-te é meu ofício,
Na terra, no céu, em qualquer mundo.
|