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Artigos-->Desarmamento, sim ou não? -- 18/03/2005 - 09:53 (MIGUEL EDUARDO GONÇALVES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Desarmamento, sim ou não?

Ontem os paulistanos assistiram estupefatos a mais uma rebelião, mas não em alguma Febem, que já tomou lugar comum no quotidiano da cidade. Desta feita, e já pela enésima vez, foi no ‘Cadeião de Pinheiros’.

É incrível como os bandidos se portam com a maior naturalidade, afrontando a todos com estiletes e até armas de fogo, ameaçando reféns de os jogarem de cima da muralha para a rua. Tudo entra em qualquer cadeia, presídio. Qualquer armamento, e droga à vontade. Mas a maior arma em mãos dos marginais hoje em dia é o celular, e de última geração. É através dele que se empreendem os grandes assaltos, seqüestros, e mais recentemente, os denominados ‘arrastões’ em condomínios de classe média para cima, em que geralmente um bando de dez e até vinte distintos cavalheiros, fortemente armados de fuzis americanos e russos, e metralhadoras, também de procedência estrangeira, logra êxito espetacular, coisa de filme; submete o prédio inteiro, rouba todos os moradores e ainda foge nos carros deles. O celular é peça fundamental na logística da operação de um bando desses...

Não faz muito tempo que tentou o poder público obrigar que todos os portadores de celulares pré-pagos fizessem registro dos aparelhos. Os cidadãos honestos obedeceram; os bandidos, evidentemente não. E esta preliminar é necessária para mostrar a similaridade entre o celular e a arma de fogo.

Por uma questão de bom senso deveria ser criada a campanha do (des)aparelhamento celular, a exemplo daquela do (des)armamento. Questão de coerência, de similaridade. Mas isso jamais ocorrerá porque todo o povo ‘do bem’ também seria sacrificado.

Também já se tentou isolar, nas áreas dessas prisões, a freqüência para o funcionamento de celulares, mas não dá certo, a não ser que toda a região fique prejudicada. O jeito seria a construção de presídios fora da área urbana, isolada em todos os sentidos. Por esse enfoque vemos que há solução!

Dentro em breve haverá um plebiscito para os brasileiros opinarem sobre o seu próprio desarmamento. O seu próprio mesmo, porque os bandidos continuarão armados até os dentes, com o que tem de mais moderno no mundo, entre armamento leve, pesado, rádios comunicadores e celulares. Isso é inegável e sabemos todos que é assim que vai ficar. É só querer enxergar, mirando por exemplo o que acontece nos morros do Rio de Janeiro. Quem manda? Aliás, quem está mandando na cidade? Por que não desarmam aquela população imensa que vive do crime?

Então, como eu dizia, por coerência, votemos contra o nosso desarmamento, que não somos bandidos, e temos, ou devemos ter, o direito à autodefesa. E usemos livremente nossos celulares. Só assim podemos estar em pé de igualdade com os direitos que aos bandidos são preservados, na preservação da manutenção de todas as nossas armas possíveis, como nossos carros (carro é arma, e mata!), nossos celulares (celular é arma, como já demonstrado acima) e nossos revólveres Taurus calibre 38 (coitadinhos, também são armas). A grande infelicidade, é fato, é que todas essas armas são roubáveis, e os que as roubam, o fazem porque estão soltos. E, por que estão soltos?

A eficiência do estado no combate à criminalidade só será alcançada com a erradicação das armas irregulares, que bandido não compra arma em loja; rouba ou importa diretamente com os traficantes, sabemos todos que essas facilidades existem. E eles ‘os do mal’, aproveitam, deitam e rolam!

Há ações que devem preceder o desarmamento da população.

Sou contra o desarmamento simplesmente por isso.

Todos devem ter o direito de andar armados se assim o desejarem. Cabe ao estado regular esse direito, facilitando-o, via de regra, na presunção de que somos todos honestos, e não partindo do princípio de que todos somos uns fracos e tendentes à marginalidade.

Não ao desarmamento.

Miguel Eduardo Gonçalves - 18/03/2005

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