Você, que me chama para jogar
Me faz virar pedra perdida
No tabuleiro do amor
E, sem bater e nem apanhar
Me faz incapaz de lhe dar
Nem mesmo um cheque-mate
Sempre deixando-o vencer
Só pelo meu prazer de ter
Seu sorriso de vitória...
Logo quando acaba de ganhar.
Você, que me observa calado
Eu poderia ser gay, ser bi, ser tri...
Continuaria, você, o meu voyer e senhor
Senhor, que olha e ri
Do meu cárcere de prazer
Que vira carcerário do tempo
E do meu relógio...
Que já não marca as minhas horas
Mas, as horas de luta e guerra
Nesta batalha em que você me atira
No meio deste exército de sentimentos
Para que eu me defenda
E eu, indefesa e desarmada
Como criança mimada
Ah... Coitada!...
Que neste jogo do amor
Neste tabuleiro de dor
Jogamos partidas de desejos
Com gosto de “quero mais”
Com cheiro de flor
De maresia, de alegria
Sem público e sem torcida
Igualzinho aos animais...
N.Marion
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