Soneto
Porque tanta e visível preferência,
Por esta forma singular de poesia?
Começo a responder: não é mania,
E muito menos falta de tendência...
É que nele encerro toda essência...
E minúcias, preguiça me daria.
E nos rascunhos, faço economia,
Sem me trazer nenhuma conseqüência...
E não o julgo forma semimorta,
E menos ainda, o vejo obsoleto.
Vou dar a conclusão no outro terceto:
É que o papel que uso só comporta,
O tamanho exato de um soneto,
E não vou comprar, me trazem à porta!
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