"A luta do homem contra o poder é a luta da memória contra o esquecimento" (Milan Kundera).
"Assim é a alta costura parisiense, tão revolucionária que até joga migalhas aos famintos do Terceiro Mundo. O que talvez propicie um exótico prazer às editoras de páginas femininas de nossos jornais: ao louvar o último lançamento parisiense, estão sentando no esqueleto de um pobre coitado lá nos antípodas" (a respeito do trabalho semi-escravo de estrangeiros em Paris).
"Gemidos não têm pátria".
"Os universitários franceses faziam estudos profundos sobre a figura do ditador latino-americano, tanto que as duas palavras sempre andavam juntas. Mas João jamais vira estudos sobre ditadores russos, árabes ou argelinos".
"Em Paris também se haviam educado os khmers vermelhos, em Paris se abrigara o fanático de Qom".
"Jornalismo é o que amanhã interessa menos do que hoje" (Gide).
"Se tivesse de mandar cambojanos estudar no exterior, os mandaria a Moscou. De Paris eles voltavam marxistas".
"Nelas reside a grande contradição, o nó górdio de toda civilização, nelas depositavam os homens suas angústias, doenças e neuroses. Conhecer a fundo uma prostituta - imaginava Cristiano - era como ler Dostoievski, nela estaria depositada a experiência de milhares de homens"
"Homem algum conhece alguém, já que sequer conhece a si mesmo".
"Marxismo é como cachumba. Ou dá na idade certa, ou provoca esterilidade".
"Com a última desvalorização do cruzeiro decretada por M. Dix pour Cent, se tornava cada vez mais duro para um brasileiro viver na Europa" (Monsieur Dez por Cento é Delfim Neto, hoje aliado de Lula).
"O homem é escravo de suas palavras e senhor de seus silêncios" (generalíssimo Francisco Franco).
"A idade e a saúde não mais lhe permitiam arriscar o pelego por qualquer capricho".
"Salvo a subespécie Milicus Latinoamericanensis, jamais vira um gorila de perto, e sua majestade o fascinava".
"O homem só surge na crise, sendo este o mais grave problema dos exércitos. A quem passar o comando, em tempos de paz, se o homem se reconhece na guerra"?
"Não podia negar certa admiração ao militar, era o homem que na hora da guerra fazia a guerra, enquanto os civis buscavam as tocas"
"El militar es el más puro entre los hombres: lucha por la más abstrata de las ideas"
"El ejército es un medio de muerte. Cuando se vuelve medio de vida, es que está corrupto. Y cuando el ejército está corrompido, la nación está pudrida"
(Frases retiradas da obra de Janer Cristaldo, "Ponche Verde").
