No passado remoto o sol, a lua, a chuva, o raio, o trovão etc, eram considerados deuses ou manifestações deles.
Não sei quem inventou a religião para cultuar os deuses. A verdade é que, quem o fez, deve ter sido o primeiro sacerdote e por intermédio dele, é que ficamos sabendo o que pensa Deus e o que espera de nós.
Foi um judeu, Abraão, 2.000 anos antes de Cristo, que disse haver recebido a revelação da existência de apenas um Deus, onisciente e onipresente.
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Para algumas religiões o julgamento divino é único e definitivo. Dependendo do que fizemos em nossas curtas vidas, vamos gozar ou sofrer eternamente.
Para outras teremos infinitas oportunidades de resgatarmos nossos erros através do sofrimento e das boas ações na Terra.
Como saber qual religião está certa, se existe alguma certa, e qual a que foi criada apenas para domesticar o povo ou para satisfazer a vaidade e o desejo de riqueza e poder do seu criador?
Diante de tantas manifestações religiosas, muitas conflitantes e inimigas entre si; diante de sacerdotes que pregam a submissão das mulheres e o sacrifício de vidas humanas para atingir o paraíso; diante de representantes da religião que não praticam a palavra que pregam: entregando-se à corrupção, exploração econômica e sexual, pedofilia etc, como acreditar no que esses representantes falam?
Todos dizem que se baseiam em textos escritos por profetas em comunicação direta com Deus, há milhares de anos atrás. O que varia é a interpretação dada pelos homens a esses textos.
Se padres, pastores, rabinos etc, querem salvar almas, que arrumem um emprego e preguem suas crenças nas horas de folga como fazem aqueles que se dedicam a trabalhos voluntários sem nenhuma remuneração.
E não ficar pedindo dinheiro aos fiéis para construir e manter templos luxuosos, vivendo de barriga cheia e retribuindo com obras assistenciais insignificantes diante do volume de recursos que arrecadam.
Para mim Deus é uma criação dos homens para simbolizar o desconhecido.
Portanto prefiro esperar por uma nova manifestação divina que venha dirimir todas minhas dúvidas a acreditar em interpretações distorcidas para satisfazer os mais diferentes e escusos interesses.
Quando morrer, irei procurar explicações diretamente com o criador ou minhas células se decomporão na terra e viverei apenas na memória dos que me conheceram se não houver nada além da matéria bruta.
Recife, 08/03/2005.
Viva o Dia Internacional da Mulher.
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