Se estivesse a morrer nesse instante
Não seria lembrado pelos livros que nunca escrevi,
Nem pelos monumentos importantes,
Pontes ou prédios que jamais projetei ou construí.
Não seria lembrado pelas medalhas olímpicas
Ou pelos Prêmios Nobel que jamais conquistei,
Nem pelas grandes descobertas científicas
Ou pelos ricos tesouros que nunca encontrei.
Mas, estaria recordando-me agora
Do brilho e do calor das auroras,
E do cheiro de perfume das flores do mato.
Da lua e das estrelas iluminando o espaço,
Dos meus passeios sob a chuva descalço,
E do sorriso de uma criança... Meu último ato!
Caeté, Agosto de 2000. |