Já conhecia o seu nome
“Muito prazer, Manezinho!”
Sempre leio o que escreve
Nem que seja um pedacinho
Agradeço o seu apreço
Tiro do meu dedo o gesso
Pra digitar de levinho...
Não seja tão avexado
Vá chegando e vá sentando
Na sala aqui do cordel
O povo anda delirando
Tem confete de alegria
Tem serpentina vadia
Tá todo mundo cantando
Icozinho, minha amizade
Eu não nego pra ninguém
Nem acho que é atrevido
Ou enxerido, meu bem!
És só poeta de garra
Que pega os nós e amarra
E faz gracinha também...
Meu cordel na realidade
Não tem nada de magia
É meu coração que escreve
E o que sinto ele aporfia
Eu lhe agradeço o apreço
Que carinho não tem preço
E voa livre a fantasia...
Muita alegria se fez
Depois que entrei no cordel
Escrevo com emoção
Minha abelha só dá mel
Concordo com o que diz
Manezinho e sou feliz
Como dama no bordel!
O meu sucesso maior
São os amigos que faço
Neste cantinho afável
Que alivia o meu cansaço
Se não agrado a todos
Porque não gosto de engodos
É pena... Mas que diacho!
Também nas lidas da vida
Nada enfim é assim perfeito
Por que iria eu querer
Que corresse tudo a jeito?
Amizade e simpatia
São coisas de sintonia
Mas todos temos defeito!
Pode me pôr no seu plano
Manezinho e certamente
Tua carta me agradou
E deixou muito contente
Venha sempre que quiser
Pode trazer sua mulher
Pra fazer trio c’a gente!