As palavras marcaram uma esperança.
Uma esperança de dialogo...
Uma esperança de reviver um momento mágico.
Vem a chuva levando partes destas esperanças.
A velocidade é diminuida, a maquina tarda a chegar...
Mas o tempo anuncia a pontualidade do horário mágico.
Vem a esperança...
Então, o alerta avisa que é 20:27h, e o momento tão esperado é cortado.
Vem a dor, o desespero, vem a realidade...
Chega de insistir, a volta do passado.
chega de acreditar no apogeu da paixão,
Se este mesmo sentimento não é retribuido,
Se este sentimento é condenado por um passado...
Então eu pergunto ao Cósmos, porque comigo?
Porque o destino me preparou esta armadilha?
Porque fui escolhido a conhece-la?
Oh, que destino cruel!
A dor que hoje habita meu ser é tão forte, quanto a ausência nua.
Nua de uma realidade obscura.
Que é eternamente despida ao flagelo da consciência...
Este sentimento não é eterno enquanto dura,
e sim eterno em toda a sua plenitude.
Ele não pode ser medido, porque não é contralável.
Quem dera, poder optar pelo esquecimento...
Poder acordar, esquecer tudo. Ou mesmo voltar ao dia D, e dizer toda a dura realidade...
A vida tem seu preço, nada é nos dado ou imposto de graça!
Eu quero Simplesmente viver...
Eu fecho os olhos e vejo na parede da memória, imagens que me sufocam, que me alucinam...
Imagens que me cortam em pedaços de sonhos,
são retalhos de uma agonia profunda...
Passando próximo das flores, sinto o perfume e desejo toca-las...
Então perto de uma linda rosa, tento acaricia-la
Minha mão escorrega e é espetada pelo teu espinho,
a dor aguda, o brotar do sangue traduz o fragelo
do corpo e alma...
Adeus, Deusa de meus sonhos...
Adeus, desejo, dor e prazer... |