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Poesias-->Enigmática -- 24/03/2002 - 11:39 (Fernanda Guimarães) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Enigmática



Entre as mãos, tuas e minhas confissões

A tecerem códigos nesta tela de silêncios,

Arrematando ausências, bordando inquietudes.

Porque é inegavelmente para ti

Que a voz da minha poesia desperta,

Ainda que aparentemente oculta

Na afonia da palavra ou na letra enigmática.

À sombra dos meus dias, guardo desejos

Na consumação desta aparente calma.

Dissimulo na garganta, o nó da dualidade

Sendo a que convenientemente vês

E a que tentas inutilmente esconder

Do torvelinho que faço em teu peito.

É que há um amor contido em meus lábios

Clamando à porta da liberdade para dizer-se.

És tu que caminhas em meus silêncios

Copulando com os segredos que guardo de mim.

E quando me esqueço de minhas senhas,

Abrigando-me no esquecimento da vida

É a fragrância da saudade que recende de ti

Que acorda o sol dos meus olhos...



© Nandinha Guimarães

Em 24.03.02



Visite minha HP:

http://br.geocities.com/nandinhaguimaraes
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