Houve tempo em que se falava em "bastidores do Congresso Nacional". Hoje a coisa está tão descarada que os bastidores viraram palco, ou melhor, picadeiro. O Sr. Presidente Lula dizia em campanha que aumento da taxa de juros não resolveria o problema da inflação. Dizia que aumento de juros era coisa para acariciar banqueiros e que a verdadeira receita deveria ser a do crescimento econômico. Criticava FHC (não que eu morresse de amores pelo sociólogo) quando negociava com o Congresso Nacional trocando cargos por apoio aos seus projetos.
Hoje o PT pode até dizer que perdeu a presidência da Câmara porque não negociou, mas todos sabem que foi por pura incompetência política e supervalorização do poder presidencial. Parece que o PT nunca leu livros de história e que foi a primeira vez que um presidente que supervaloriza o seu poder caiu do cavalo.
E o novo presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, já demonstrou que lutará pelo país. Aquela nação que fica no centro do picadeiro que se chama Câmara dos Deputados. FSP de 16/02/2005: "Os boatos nos corredores da Câmara apontam para a compra de carros zero quilômetro para todos os 513 deputados, o aumento do salário de R$ 12 mil para R$ 21 mil reais e o aumento da verba de gabinete. Alguns deputados acreditavam que receberiam não um, mas três carros novos para auxiliar no gabinete." E disse mais: "Eu já prometi. Quem promete tem que pagar". Espera aí... Quem é que paga mesmo? Ele promete algo pra ser eleito presidende da Câmara e quem os paga os patos, quero dizer, quem paga o pato somos nós, os próprios patos?
Assim é a vida... Pudera eu (nós) pagar minhas dívidas e promessas com o dinheiro e a penitência dos outros! É a galinha pedindo para o porco fazer uma parceria com ela num virado à paulista. Ela diz que entra com o ôvo e pede para ele entrar com o toucinho.
Então amig(a)s... Assim é a política. Vamos ter que experimentar o PSTU para chegar à conclusão de que todos os diferentes se tornam iguais quando chegam ao poder?
Que tal alguns e-mails para os senhores deputados que elegemos. Se não se lembram para quem votaram, escrevam para todos. Lotem as caixas postais dos excelentíssimos:
