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Artigos-->Ensino a Distância 051200 -- 12/02/2005 - 04:37 (Rodrigo Moreira Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Rodrigo M.Martins 051200



Ensino a Distância



Introdução



Adotado por países de todo o mundo, o ensino a distância divulga e democratiza o conhecimento, utilizando avançadas tecnologias de comunicação.

Ensino a distância é o método de instrução na qual a comunicação entre o aluno e o professor ocorre de forma indireta, mediante a combinação de textos impressos, meios eletrônicos e outras técnicas. Ao contrário do ensino convencional, a atuação do professor e do aluno está separada no tempo e no espaço. O ensino a distância, que pode abranger a instrução em todos os níveis, utiliza basicamente as redes convencionais de comunicações - correio, rádio, televisão (via satélites) - para a transmissão de cursos, com textos e exercícios preparados por equipes de professores. Depois de fazer os exercícios, os alunos os enviam pelo correio aos instrutores; uma vez corrigidos, eles são devolvidos com anotações e notas de avaliação.

A grande abrangência desses cursos torna-os instrumento valioso para o aperfeiçoamento do nível escolar das populações urbanas e rurais e para a democratização do conhecimento. Em muitos casos, o ensino a distância é o único recurso à disposição daqueles que não têm condições de freqüentar as escolas convencionais.

O Brasil possui infra-estrutura tecnológica para o estabelecimento de projetos de ensino a distância, mas em fins do século XX ainda não fazia pleno uso desse potencial.



A - Um pouco de história da Educação à distancia (ou ensino à distancia) - EAD



Alguns estudiosos atribuem seu início a Platão, que já em sua época (séc. IV a.C), escrevia cartas endereçadas aos Chefes de Estado com intuito de ensino de sua filosofia. Outro conhecido ensinador à distancia foi Paulo de Tarso com suas cartas ensinando o evangelho de Cristo. Como sistema organizado, o método nasceu em meados do século XIX nos Estados Unidos e na Europa e oferecia pelo correio cursos de datilografia, taquigrafia, línguas estrangeiras e de aprimoramento da instrução de adultos. Com o advento do rádio e da televisão, os cursos a distância difundiram-se e diversificaram-se em diversos países. Na Inglaterra, a Open University funciona desde 1971; a Espanha tem a Universidade Nacional a distância e Lisboa a Universidade Aberta, fundada em 1989.

Outros são de opinião que a educação à distancia tenha sido iniciada sistematicamente por uma americana chamada Anna Eliot, filha de um professor de Harvard, que fundou e desenvolveu, em 1938 no EUA, uma sociedade para estimular o estudo em casa: O conselho Internacional para Educação por correspondência.

No Brasil a EAD começou no ano de 1960, através de um contrato entre o MEC e a CNBB (Conferencia Nacional de Bispos do Brasil), surgiu então o MEB (Movimento de Educação Básica). No Brasil de hoje podemos citar a UNB como desbravadora do EAD pela internet.



B - O desenvolvimento do EAD



I - O método do ensino à distancia baseia-se no principio de que qualquer pessoa é capaz de aprender por si só, desde que tenha acesso a materiais de instrução de alta qualidade pedagógica e suficientemente compreensíveis e atrativos.



Materiais:



• escritos complementados por;

• rádio e TV;

• fitas de áudio e vídeo;

• disquetes e CDs

• programas para microcomputadores, etc.

O ritmo é do próprio aluno, dentro de suas condições de estudo e tempo. Diante da crescente falta de tempo do nosso tempo, o ensino à distancia vem ao encontro dessa importante necessidade.



A avaliação é necessariamente formal, presencial e em condições controladas.



II- A organização deve contar com um forte esquema de centros de produção de materiais. O treinamento do pessoal administrativo tem que ser especial, pois toda interação será virtualmente à distancia, via informática. Também deve levar em conta o grande número de alunos desse tipo de instituição.



O corpo docente é reduzido em relação ao número de alunos, mas não significa que vai diminuir sua importância, apenas se vai aumentar de forma considerável o número de alunos.



III- A ordem econômica é apresentada como capital-intensivo contra a mão-de-obra intensiva do ensino presencial-normal. O fluxo de investimentos é redirecionado, pois é voltado para o funcionamento e não para o pessoal, de forma que no ensino presencial é ao contrario, o pessoal consome mais recursos que o funcionamento em si. Com essa mudança,é significativo o aproveitamento dos investimentos.

Estima-se em U$S 300.000 o custo de uma disciplina/curso anual para uma média de 2000 alunos matriculados por curso. A diferença está que mesmo parecendo um alto investimento, ainda é menos que o gasto num mesmo curso convencional.



C- Verificação das vantagens/desvantagens



Algumas vantagens:



• abertura às pessoas que não tem acesso aos estudos;

• flexibilidade de tempo/espaço e contexto vivencial de cada aprendente;

• eficácia ao respeitar o ritmo do aprendente, materiais elaborados por especialistas apresentando um ensino dinâmico e inovador;

• formação permanente a todos que se propuserem a aprender. Preenchendo a lacuna de reciclagem exigida pelo mercado;

• economia em escala supera os altos custos iniciais de implantação.



As desvantagens:



• a socialização fica limitada, áreas afetiva/atitudinal e psicomotora;

• pouca integração docente/alunos

• empobrecimento da troca de experiências;

• o perigo da homogeneidade dos conteúdos instrucionais;

• uma possível ambição em alcançar muitos alunos provocaria muitos abandonos, pois teriam primeiro que aprender a aprender.



D- As megauniversidades, alguns exemplos:



• China TV University System, China, criada em 1979, com 530 mil alunos;

• Centre Mationale de Enseignement a Distance, França, criado em 1939, com 184 mil alunos;

• Indira Ghandi National Open university, Índia, criada em 1985, com 242 mil alunos;

• Universitas Terbuka, Indonésia, criada em 1984, com 353 mil alunos;

• The Open University, Reino Unido da Grã-Bretanha, criada em 1969, com 200 mil alunos.



E- A LDB



O Art 80 atribui ao Poder Público o papel de “incentivar o desenvolvimento de programas de ensino à distancia, em todos os níveis e modalidades, e de educação continuada”.



Podemos ver que a LDB dá pleno suporte ao ensino à distancia, no entanto, não define investimentos e responsabilidades.

Embora pendente de regulamentação, a Lei desde logo determina diferentes e, aparentemente, conflitantes, papéis para a União e para os sistemas de ensino. Assim, caberá à União credenciar as instituições que ofereçam os programas, assim como definir “os requisitos para a realização de exames e o registro dos diplomas relativos a cursos de educação à distancia”. Ma caberá aos sistemas de ensino – federal e estaduais -, “podendo haver cooperação entre eles”, a definição das normas para a “produção, controle e avaliação de programas”, assim como a “autorização para sua implementação”.





No artigo 32 § 4 diz que “o ensino fundamental será presencial, sendo o ensino à distancia utilizado como complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais”.



Ainda propõe uma grande fixação ao ensino, fazendo que as responsabilidades da aprendizagem fiquem presas aos antigo sistema, desfavorecendo a criatividade e a flexibilidade que é exigida na totalidade da educação.





F- Conclusão





Não é necessário pressa para se implantar o novo, ainda mais tratando-se de um assunto tão complexo como a educação. Ensinar nunca foi tarefa fácil, no entanto, nosso tempo tem nos forçado a mudar. Exige cada vez mais conhecimento global e isso de uma forma rápida e precisa. O que faremos então?



Depois desse pequeno estudo, vimos que a saída está na integração das tecnologias educacionais disponíveis e aquelas que ainda são mero sonho. O governo e as instituições privadas tem papel fundamental nessa nova caminhada que, quer queiram ou não, já se iniciou.



Em nosso mundo hodierno existe muitos exemplos da prática do ensino à distancia, claro que cada um com sua realidade inserida em seu contexto. É justamente disso que precisa aqueles países que ainda não tem condições de formular programas sozinhos. Aplicar os conhecimentos já testados e desenvolvidos por outros países que, diga-se de passagem, não são somente países com menos dificuldade que nosso Brasil. Um exemplo é a China, outro é a Indonésia, que possuem megauniversidades com mais de 300.000 alunos. É possível, é necessário que vençamos os preconceitos e, com muito equilíbrio, desbravemos essa área de grande potencial.



Bibliografia:



Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.



Http://www.ed.gov/Technology/Futures/overview.html



Http://www.MAT.unb.br/ead/inter-agir/



Apostilas fornecidas pela Prof.ª Magda

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