A fama é doida até demais. Por isso que alguns falam que a fama é coisa de doido. O que ninguém sabe é que a fama é doída.
Ser famoso é como estar no auge de um câncer maligno e sorrir quando deveria chorar. É por isso que o verdadeiro artista não morre; simplesmente descobre o estrelato.
Há pouco tempo foi inaugurada uma nova versão do vírus da fama escravocrata. É uma versão antiga contendo vários males que a sociedade já computou ao longo dos anos.
Parece que o sucesso é grande. Tudo leva a crer que estamos prestes a presenciar um holocausto ao vivo pela rede TV e ainda seremos intimados a dar a nossa participação especial no crime.
No novo modelo de entretenimento sucesso total entre os enxeridos, a pessoa sedenta pelo vício da fama se entrega ao cárcere privado. Preso, faz o papel de bobo para aparecer ridículo e a cores diante da câmera.
Isso cabe um processo de indenização aos detentos legais. Todo idiota que se preza possui o seu momento exclusivo de pagar o mico que bem lhe entender. Menos ferir a dignidade alheia.
Para a TV isso não basta. O cara tem que ser um trouxa para se dar bem no programa.
O incrível é que a TV acabou inaugurando um novo conceito. Por exemplo: no tempo de papai com mamãe, bobo é quem dava vexame em público.
Agora quem faz uso desse pequeno atributo é digno de toda louvação possível.