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Teses_Monologos-->Conversação De Paz -- 05/01/2008 - 00:18 (Sereno Hopefaith) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:130952546556789300
Há possibilidade de paz no mundo globalizado pela cultura dos comedores de bola? Poderá haver Paz sem educação pertinente a uma percepção crítica atualizada dos atos e fatos da cultura?
Impossível. Não houve, há ou haverá Paz nesse mundo globalizado por interesses localizados e, paradoxalmente, globalizados. A burguesia deseja apenas manter os privilégios de classe. É movida por uma força radical, destrutiva, inconsciente. Fanática do lema ultrajante, destrutivo, “quanto mais dinheiro melhor”. Não importa como ele é gerado. Não importa a que forças obscuras serve. O resto é o resto. O lucro para o burguês está acima de tudo e de todas as coisas. Dos princípios morais, da religião, dos valores pessoais e coletivos, da cultura, da ética. Em todos os lugares do planeta predomina essa força fundamentalista, burguesa, feroz, pré-histórica, que remonta aos tempos antiguíssimos do “Big-Bang”. A burguesia surgiu hegemônica, da Revolução Francesa. As plebes rudes, ignaras, reivindicaram com sucesso seus direitos. E já não era sem tempo. A nobreza há muito merecia o enforcamento e a guilhotina. Sob o signo do sangue conseguiu ampliar os privilégios sociais das conquistas apregoadas pelos enciclopedistas franceses (Montesquieu, D´Alambert, Diderot, Voltaire, entre outros). Dentre elas, conquistas, os direitos de cidadania das pessoas, da burguesia, da pequena-burguesia dos proletariados e até do lumpemproletariado (classe de pessoas que não se dedica a nenhuma atividade social supostamente produtiva de riqueza.) Depressa a burguesia de revolucionária tornou-se logo a representante de uma opressão social do tipo da que era exercida pelo Czar da Rússia, e em outras hierarquias da nobreza européia e dos sultanatos orientais. O poder de um povo nas mãos de um demente que se acreditava ungido pelo próprio Deus para fazer e desfazer as leis conforme sua flutuação de ânimo do dia. As majestades de descendência nobiliárquica que se queriam sentados eternamente no berço esplêndido de seus tronos caíram do cavalo, quero dizer: de seu poder absoluto e autoridade soberana. Deram lugar aos burgueses que constituíam uma classe em ascendência, muitos dos quais através da compra e venda de títulos da nobreza, saíram dos burgos das cidadelas medievais, do trabalho braçal ou artesanal, para seus próprios palácios que não mais tinham esse nome, mas conservavam a mordomia que o dinheiro compra. E o dinheiro compra tudo, inclusive os representantes “pra lamentares” dos interesses burgueses nos “pra lamentos” mundo adentro, mundo afora. Entre 1789 e 2008, lá se vão duzentas e dezoito primaveras e duas guerras mundiais. Guerras de extermínio. A burguesia, ávida, incansável no objetivo capital de querer sempre mais, promoveu as guerras de extermínio que se multiplicaram às dezenas, centenas, milhares, com seus conflitos localizados, motivadas pela avidez do lucro e a usura dos juros de capital. Só a II Grande Guerra matou sessenta milhões (sessenta milhões) de pessoas. Soldados a serviço do “Reich dos Mil Banqueiros”. Banqueiros, “elite” financeira e econômica que representa a burguesia e seus mecanismos centrais de concentração de renda ou ativos financeiros. 60.000.000 de cadáveres: é sangue para chuchu. E em apenas um conflito. A burguesia precisa beber sangue como quem bebe suco de laranja ou coca-cola. E uma classe dominante que precisa de sangue para sobreviver, não pode trabalhar pela paz mundial. O burguês é o nobre dos tempos modernos, ou melhor, neo-pós-modernos. É de uma “nobreza” comparável apenas à nobreza dos monarcas absolutistas europeus para quem o mundo existia apenas para venerá-los. E as pessoas, para trabalhar como escravas para eles. A escravidão foi substituída pelo trabalho remunerado com carteira profissional assinada. Surgiram os sindicatos para defender os interesses dos trabalhadores. E os burgueses ficaram cada vez mais vorazes no abocanhar a mais-valia: o trabalhador produz muito mais do que o valor pago pelo burguês em seu salário. Na carteira assinada. A escravização apenas mudou de método. Mais de dois séculos depois da RF e a burguesia ampliou de maneira devastadora seus poderes políticos a partir da acumulação absurda de ativos financeiros à custa do trabalho escravo com carteira assinada. À custa da mais-valia. A força da propaganda de bens de serviço e de mercadorias através das mídias exerce uma espécie de hipnotismo coletivo, globalizado, com uma intensidade de dominação da mente inconsciente do planeta, nivelada em todos os países pelos interesses representativos de uma única classe social: a dos burgueses. E ainda há gente (boa, fina, rica, cheia de relógios “rolex”) que “se acha” e acredita que a sociologia política implícita no signo semântico “burguês” (Saussure) é terminologia de há três décadas, anacronismo de esquerdistas. Fazer o quê? O cara que “se acha” é muito importante mesmo. É um camelô tipo “show-man” de um programa de fim de semana em um dos maiores conglomerados da tv globalizada. Sim, porque se não se puder definir cientificamente essa relativamente reduzida classe social (que explora os recursos naturais do planeta ignorando que essa exploração chegou a um clímax suicida) para efeito de estudá-la e a seus limites, então, como se há de defini-la? Que nome substituir pela palavra “burguês”? Ao invés de “burguês” os estudiosos de sociologia política devem usar o termo “incrível Hulk”? Que seja, o “incrível Hulk” está devastando as últimas reservas verdes do planeta na Amazônia. O “incrível Hulk” está promovendo o superaquecimento planetário e não está nem aí para o controle imediato das emissões de gás carbônico na atmosfera. O “incrível Hulk” (já que a palavra burguês é um anacronismo) possui um arsenal militar, atômico, suficiente para destruir o planeta duzentas vezes. Ou mais. Basta uma. Mas o complexo industrial militar, braço armado direito da patologia demencial da espécie sapiens, investe mais e mais em armas de última geração, que acabam nas mãos de traficantes. Os que promovem as matanças diárias nas grandes cidades, quando não pelo conflito armado entre gangues, pelo prazer de matar apelidado pelas mídias de óbitos devido a “balas perdidas”. A sede de sangue dos burgueses, quero dizer, dos “incríveis Hulks” não tem limite. A dinheirama incrível canalizada para promover o genocídio globalizado pelo tráfico armado, assim como a dinheirama estratosférica canalizada para armar as instituições militares ditas de “segurança”, poderia estar sendo investida em educação, saúde, habitação, geração de emprego, transportes. Empregos, que não os das indústrias governamentais de armamentos, A Paz não é primazia dos planejamentos “burgueses” (a rápido, curto, médio e a longo prazos). Quero dizer: a Paz não faz parte dos discursos ou dos planejamentos oficiais nos governos dos “incríveis Hulks”. Como a humanidade poderá alcançar um dia a Paz mundial se não há interesse dos “incríveis Hulks” em promovê-la. A Paz não é promovida em nenhuma instância governamental do “incrível Hulk” atual presidente dos Estados Unidos. Para ele invadir o Iraque com mentiras globalizadas pelas mídias, à caça fundamentalista de islamitas, para aumentar suas reservas de petróleo, é a política de Estado certa. Como poderá haver Paz num planeta governado pela avidez do lucro a qualquer preço? Quando o representante dos interesses do “incrível Hulk” de maior poder bélico globalizado está a fazer discursos com o propósito de enganar a opinião pública mundial, subvertendo e submetendo os interesses da maioria dos cidadãos planetários às suas mentiras globalizadas enfaticamente pelas mídias. A burguesia entrou numa de formar a opinião pública globalizada de acordo unicamente com o cinismo de promover as malas-artes da “Arte da Política”. Segundo a exclusividade de seus interesses de classe. Ora, se a burguesia é dona e mandona dos assalariados das mídias, então ela pode vender o peixe podre que quiser e todo mundo vai comprar. Basta estar plugado num canal de tv ou num site da Internet. Ou lendo um jornal, ou lendo uma revista semanal tipo Veja. Como poderá um dia haver Paz num planeta plugado nos interesses de fazer a guerra justificando-a via mídias? Os “incríveis Hulks” da burguesia são os donos da mídia. Quem vai contestá-los se seus interesses globalizados que fomentam as guerras, são disseminados em todos os meios de comunicação, informação e formação da opinião pública? Se os jornalistas do “Quarto Poder” estão trabalhando a “mais-valia” da informação que os justifica e a sua política de bucaneiros globalizados? De que vale haver pessoas que estão pensando alternativas para a continuidade da história do planeta fora dos esquemas datados do totalitarismo burguês à “incrível Hulk”? A burguesia domina todas as instâncias institucionais da realidade globalizada. As academias de letras, e as outras instituições associadas aos interesses representativos dos “incríveis Hulks” fecham suas portas a qualquer autor que não esteja plugado na manutenção da farsa social burguesa de dominação da opinião pública segundo, exclusivamente, às determinações de seus interesses de classe. De dominação social. Os editores são editores de livros daqueles autores que têm condições de pagar pela edição de seus livros. Os editores burgueses não possuem a percepção crítica da realidade aguçada, a ponto de identificarem que obras e que autores são necessários à criação de uma nova mundividência social, planetária, fora de seus esquemas de apenas ganhar mais e mais dinheiro. Autores de livros que não trabalham para as idéias e a manutenção do “status quo” discursivo da burguesia, são simplesmente alijados da possibilidade editorial de seus livros. Há editores que simplesmente dizem: “Livro bom é livro que vende”. Pergunto a esses “incríveis Hulks” editoriais: “Como pode um livro vender se não for editado?” Como pode haver Paz intelectual e possibilidades de se criar uma renovação do pensamento de uma geração ou de um país, se seus autores, com novas mundividências literárias não podem editar seus livros? As pessoas das novas gerações que buscam um primeiro emprego são exploradas sexualmente por seus patrões empresários e empregadores. E quando não se submetem às suas taras, ao seu poder de assinar uma carteira de trabalho, são simplesmente jogadas de volta à multidão de mutilados moralmente pelos interesses emocionais dos “incríveis Hulks” da burguesia. Tudo em nome da escravização fundamentalista dos corações e das mentes que precisam sobreviver no mercado de trabalho no qual manda e desmanda os empresários do senhor Mercado. Está em curso a escravização emocional fundamentalista do mercado de trabalho. Quem tem capital submete as pessoas que querem trabalho aos mais degenerados vexames para conseguir um emprego. Vexames de ordem libidinal, carnal, sexual. A ditadura do proletariado emocional se realiza através da necessidade burguesa dos “incríveis Hulks” que possuem capital, montados literalmente no corpo frágil daquelas pessoas que necessitam de um emprego para não caírem de vez no outro submundo, o do narcotráfico, da prostituição com carteira assinada, nos prostíbulos tipo os divulgados pela subliteratura de Paulo Coelho, a exemplo de “11 Minutos”. Ou serão doze? Como poderá haver Paz mental, espiritual, emocional, entre as pessoas desprotegidas que saem das faculdades em busca do pão que o diabo amassou e encontram-se a mercê da libido degenerada dos “incríveis Hulks” patrocinados pelo “Reich dos Mil Banqueiros”? Como poderá haver Paz em cada pessoa se não há amor-próprio e auto-estima a preservar? Se cada pessoa para obter um emprego deve se submeter aos vexames libidinais dos empresários do “Reich dos Mil Banqueiros”, de seus chefes de seção, de seus gerentes de lojas. Coletivamente essas pessoas não poderão defender a auto-estima e o amor-próprio de suas famílias, e seus filhos estarão à mercê dos mesmos interesses de degradação libidinal impostos a elas pela necessidade de corrupção social daquela classe de “incríveis Hulks” que precisam, a qualquer custo, manter funcionando a máquina do mundo de fazer as pessoas se submeterem aos esquemas burgueses de prostituição como forma de sobrevivência precária, como forma de obterem salários em suas carteiras profissionais registradas? O atraso atávico das mentalidades reforçado pela “educação” burguesa dos “incríveis Hulks”, criam uma sociedade destinada a autodestruição. Se não há moral nem valores, nem princípios éticos a preservar, então, que há a preservar? O interesse burguês pelo papel moeda? Unicamente? Sim porque a todo momento alguém está a dizer (diretores de colégios ditos “educadores”, professores, políticos, empresários, profissionais liberais, o escambau) que o que interessa é ganhar dinheiro. É ter dinheiro para o leite das crianças, mesmo que os pais estejam a se prostituir. Literalmente. Este, dinheiro, é o único “valor” burguês. E um valor entre aspas não possui nenhum significado moral ou ético, mas apenas poder de compra. Aquisitivo. O ambiente psicológico coletivo na família atomizada, nas escolas sucateadas, sem saber, nas instituições políticas e financeiro-econômicas que sustentam as rotinas dos empregos, dentro e fora dos circuitos empregatícios dos governos, é degradante. Como a Paz pode ser aliada da degradação dos sentidos? E os espaços virtuais, últimas instâncias da opinião livre, eles também estão sempre cheios de regras impositivas e limitações intransponíveis. Tais como: “Tamanho máximo do texto, 500 caracteres, ou mil caracteres, ou tantos outros caracteres. Isso, quando o internauta pode participar dos blogs de debates e escrever timidamente uma reduzida opinião. Porque a maioria dos sites informativos e opinativos dos jornais proíbem o acesso a opiniões de pessoas que não são assinantes ou não têm vínculo empregatício com os mesmos. Se a pessoa não possui um código de acesso fornecido, por vezes, apenas aos assinantes, não opina. Pano de boca nele, leitor de jornais virtuais. Outras vezes, se o jornalista político responsável pelo blog não simpatiza com a opinião do leitor, simplesmente não a publica, ou a exclui das demais opiniões que não são de seu pessoal agrado. A burguesia não quer Paz porque a desconhece ao longo de sua história de conflitos por posse de terras. Como diz a escritora e advogada Renata Paccola: “Conquistar novos mercados, eis a semente da guerra. Quantas vidas em pedaço por um pedaço de terra”. A burguesia não investe na Paz porque sua maior fonte de lucros é a guerra. O complexo industrial militar que fomenta as guerras internas entre quadrilheiros do narcotráfico. O complexo industrial militar que corrompe as instituições militares pela facilidade com que seus membros querem ganhar mais dinheiro. Os membros fardados das hierarquias das instituições ditas de segurança da sociedade (PMs e PC) são facilmente cooptados pela dinheirama do crime organizado. Vide “Tropa de Elite”. Ou leia “Elite da Tropa”. Os oficiais da PM de uma determinada jurisdição militar haviam incorporado a seus salários as verbas liberadas pelos cardeais do crime organizado. Como poderá haver Paz social se os responsáveis pela segurança da sociedade estão jogando dos dois lados, ganhando mais dinheiro para o leite das crianças, não importando o malefício social acrescentado ao fundo de reserva de seus recursos mensais? A Revolução Francesa serviu para divulgar os ideais utópicos de Igualdade, Fraternidade e Liberdade. Ideais e utópicos porque jamais poderão ser conseguidos numa sociedade estruturada pelas instituições associadas à corrupção. O capitalismo vencedor da “Guerra-Fria” é socialmente insidioso tanto quanto seu adversário ideológico era. Tanto quanto no stalinismo, o capitalismo segrega e exclui das benesses sociais milhões e milhões de pessoas em seus gulags periféricos. Nas universidades capitalistas se ensina o sexo dos anjos e a filosofia das marias vai com as outras. Não há a mínima noção teórica, crítica, de uma sociedade que precisa urgentemente criar os instrumentos para assimilar o tsunami de informações que chegam via mídias às mentalidades sem nenhum preparo literário pertinente, sem a mínima noção do que seja um repertório cultural com formato e objetivo definidos. O repertório cultural da grande maioria dos universitários é o incentivo burguês ao consumo da marca de cerveja da modelo mais oferecida nos bares da vida onde se fomenta as criações “intelectuais e artísticas” das dançarinas de forró. Não se ensina ética nas salas de aula das universidades porque não há o mínimo repertório ético em suas famílias, nas escolas do ensino médio e fundamental. Não há incentivo à leitura literária de livros porque os professores não são também leitores. Não são leitores porque estão, há muito, correndo atrás de suas aposentadorias em subempregos nos quais recebem salários equivalentes aos dos garis. Como poderá haver Paz interior numa sociedade onde as pessoas estão totalmente dedicadas a correr atrás do mínimo para suas sobrevivências precárias? Como pode haver Paz numa sociedade cujo repertório cultural da juventude e de seus pais é a expectativa dos carnavais fora de época, e do resultado do último jogo do Milan ou do São Paulo? Como pode haver Paz numa sociedade na qual seu principal entretenimento são os trios elétricos disseminados pelo país Bahia? Saravá Educação. Sem ela não haverá Paz.
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