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Artigos-->Freire 181102 -- 01/02/2005 - 02:47 (Rodrigo Moreira Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Rodrigo M.Martins



FREIRE, Paulo. Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar. São Paulo: Olho d’Água, 2000.





Ensinar é exigir tanto de si quanto de quem aprende, por isso não pode ser feito de qualquer modo, requer responsabilidade social. E é por isso que é preciso manter uma programação com constante avaliação. Além disso, há os pacotes fechados, prontos, que, quando em contato com a realidade contextual de cada lugar, desaparecem ou formam deformando. Justamente aí se apresenta o autoritarismo como suporte às “Tias” para terminar o dia, a tarefa. A tarefa da professora é também alertar para a ordem social de poder, sem deixar de adocicar-amaciar , assim “é possível ser tia sem amar os sobrinhos, sem gostar sequer de ser tia, mas não é possível ser professora sem amar os alunos – mesmo que amar, só, não baste – e sem gostar do que se faz”.

PRIMEIRA CARTA (ensinar – aprender – leitura do mundo – leitura da palavra):

Quem ensina deve aprender com humildade e, assim, passar o conteúdo da vida para o educando/aprendente. Da mesma forma é o ensinar a ler, que é engajar-se numa experiência criativa em torno da compreensão, que demanda leitura, estudo, trabalho paciente, desafiador, persistente.

SEGUNDA CARTA (não deixe que o medo do difícil paralise você):

Medo é dificuldade ante a algo que imaginamos desconhecido, sendo assim, temos que observar: se a capacidade de resposta está altura do desafio; ou se a capacidade está aquém; e também se está além. A aprendizagem passa pela leitura com fixação e atenção para tirar o medo, pois é preciso experimentar-se cada vez mais criticamente na tarefa de ler e de escrever para produzir conhecimento.

TERCEIRA CARTA (“Vim fazer o curso do magistério porque não tive outra possibilidade”):

Só ia ser professor quem não dava para mais nada (p. 52), com essa frase Freire resume a tese desta carta, pois quem não tem opção de vida para trabalhar, faz com desgosto, e, como diz Rubem Alves, tem que haver prazer no labor para que a produção alcance ser estado ideal para todos.

QUARTA CARTA (Das qualidades indispensáveis ao melhor desempenho de professores e professoras progressistas):

As qualidades principais que se busca nos professores são humildade, coragem, confiança em nós mesmos, respeito a nós mesmos e aos outros, e também a tolerância, que requer respeito, disciplina, ética. O conflito também é saudável , diz o autor.

QUINTA CARTA (primeiro dia de aula):

É preciso ser espontâneo, sem ter medo da criatividade e interação dos alunos. O educador não pode temer os sentimentos, as emoções, os desejos, e lidar com eles como mesmo respeito com que nos damos a uma prática cognitiva integrada com os educandos. É preciso voar de forma disciplinada. É preciso estimular a imaginação dos educandos.



SEXTA CARTA (das relações entre a educadora e os educandos): Considero o testemunho como um discurso coerente e permanente da educadora progressista. Tem-se que lutar para acrescentar sempre positivamente à relação entre as partes aprendentes, de forma democrática e amorosa, restaurando e implantando a alegria de viver e o direito de sonhar.

SÉTIMA CARTA (de falar ao educando a falar a ele com ele; de ouvir o educando a ser ouvido por ele):

O respeito e a posição política fará com que a conversa com o educando se estabeleça em níveis agradáveis e criativos para ambos. Estimulando as relações futuras daquele com o mundo.

OITAVA CARTA (identidade cultural e educação):

Falar de contexto parece repetitivo, contudo é ponto crucial para que a educação se desenvolva com qualidade e responsabilidade.

NONA CARTA (contexto concreto – contexto teórico):

É do contexto concreto que tiramos nossas teorias para o contexto teórico, assim, temos a possibilidade de aprimorar os conhecimentos das relações que fazemos entre o mundo real e o imaginado na teoria, fazendo assim com que a criatividade seja saudável e produtora, além de ser coerente. Ou ainda, é preciso saber ler o mundo. E ensinar a ler o mundo é um desafio enorme, pois estamos acostumados a ser exploradores irresponsáveis. A educação visa responsabilidade baseada nas relações de contextos.

DÉCIMA CARTA (mais uma vez, a questão da disciplina):

Saber dizer não sempre foi questão difícil, e não é no imobilismo que vamos ensinar a liberdade, mas é com a responsabilidade pensada, crítica, que vamos construir em conjunto a educação libertadora de vida.

ULTIMAS PALAVRAS (saber e crescer – tudo a ver):

Saber é crescer construindo um mundo melhor para nós e para os outros. É respeitar a natureza com inteligência e coerência. Também é utilizar a educação alcançada para libertar os oprimidos das garras dos poderosos opressores.

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