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Discursos-->Terrorista é nome de rua em Belo Horizonte e Porto Alegre -- 18/02/2008 - 11:47 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Também conclamamos os grupos Terrorismo Nunca Mais, Guararapes, Inconfidência, demais grupos, entidades nacionais, ongs, pessoas que lutaram pela democracia em nosso País para remeterem ao Prefeito e aos Vereadores de Belo Horizonte protestos e exigindo que apaguem essa nódoa de nossas ruas.

Em Belo Horizonte, o terrorista Raimundo Gonçalves Figueiredo, codinome Chico, da Ação Popular (AP), foi homenageado com a colocação do seu nome numa rua da capital mineira. Esse assassino foi quem colocou a bomba no Aeroporto de Guararapes, em Recife/PE, em 25/07/1966, ocasionando duas mortes e ferindo treze pessoas, entre elas uma criança de seis anos.

O mentor intelectual foi o ex-padre Alípio de Feritas, que atuou nas Ligas Camponesas e era membro da comissão militar e dirigente nacional da AP. Alípio de Ferias foi indenizado em R$ 1,09 millhão pela Comissão de Anistia.


Também conclamamos os grupos Terrorismo Nunca Mais, Guararapes, Inconfidência, demais grupos, entidades nacionais, ongs, pessoas que lutaram pela democracia em nosso País para remeterem ao Prefeito e aos Vereadores de Porto Alegre protestos e exigindo que apaguem essa nódoa de nossas ruas.

Em Porto Alegre no dia 19/05/2004, o prefeito João Verle, sancionou a Lei 9 465, designando o logradouro do loteamento Quinta do Portal como Rua Diógenes Sobrosa de Souza.

O que Diógenes fez para ganhar tão sgnificativa homenagem?

Vou lembrá-los transcrevendo uma pequena passagem do meu livro - A Verdade Sufocada:

Nesse contexto, Edmauro e Nóbrega se perderam e se afastaram definitivamente do grupo de Lamarca. Edmauro foi preso no dia 10 de maio e Nóbrega no dia 11. Naquele momento, o grupo passara a ser o grupo dos cinco.

Lamarca ficou indignado com o tenente Mendes, porque este não o avisou da barreira na entrada de Sete Barras, culpando-o pelo desaparecimento
de Edmauro e de Nóbrega. Continuaram a andar pela mata. O tenente os atrasava na marcha, pois tinha de ser constantemente vigiado. Além disso, era mais um para comer. Depois do entrevero em Sete Barras, já haviam andado um dia e meio. No início da tarde do dia 10 de maio, pararam para descanso.

Ariston e Gilberto ficaram tomando conta do prisioneiro. Lamarca, Fujimore e Sobrosa afastaram-se e formaram o “Tribunal Revolucionário”. Decidiram que o tenente seria “justiçado”.

Dada a sentença, os três retornaram. Acercando-se por trás do oficial, Yoshitame Fujimore desfechou-lhe violentos golpes na cabeça, com a coronha do seu fuzil. Caído e com a base do crânio partida, esse bravo oficial da Polícia Militar do Estado de São Paulo gemia e contorcia-se em dores.

Foi quando Diógenes Sobrosa de Souza desferiu-lhe outros golpes na cabeça, esfacelando-a.

Ali mesmo, numa pequena vala e com seus coturnos ao lado da cabeça esmagada, o tenente Mendes foi enterrado em cova muito rasa.

Assim, de forma vil e covarde, terroristas fanáticos acabaram com uma vida.

Essa foi a única morte ocorrida nas operações de combate à VPR, no Vale da Ribeira.

Carlos Alberto Brilhante Ustra


----- Original Message -----
From: Vanderley Caixe
To:
Sent: Thursday, February 14, 2008 7:19 PM
Subject: [Cartaoberro] TORTURADOR É NOME DE RUA EM SÃO CARLOS

CARTA O BERRO. ..........repassem.

Conclamamos o Grupo Tortura Nunca Mais, entidades nacionais, ongs, pessoas que lutaram pela democracia em nosso País para remeterem protestos e exigindo que apaguem essa nódoa de nossas ruas.

E-mail do prefeito falecomoprefeito@saocarlos.sp.gov.br/ Site da Prefeitura
www.saocarlos.sp.gov.br/.

Escreva aos vereadores. Procure no site a relação, clique e aparecem com os e-mails.

O site é http://www.camarasaocarlos.sp.gov.br/


----- Original Message -----

From: urda

Torturador é nome de rua

Deonísio da Silva professor e escritor

Estava participando do programa Intersom Debates, da Rádio Intersom, em São Carlos, na companhia de José Edson de Toledo Piza, mais conhecido pelo apelido de Juquita, e do também radialista Alberto Santos, quando o assunto veio outra vez à tona. Era a manhã da última sexta-feira, dia 8.

Sérgio Fernando Paranhos Fleury, nascido em Niterói (RJ), dá nome a uma rua de São Carlos (SP). O município presta sinistra homenagem ao homem que comandou as torturas mais cruéis do período pós-68, quando a Revolução de 64 radicalizou para enfrentar a luta armada.

Em 2002, a antiga sede do Dops de São Paulo, que ele comandou, foi transformada em museu, onde foi instalado o Memorial da Liberdade. O edifício foi construído em 1914 e, antes de ser sede do Dops, de 1935 a 1983, foi ocupado pelos armazéns da São Paulo Railway Company.

Os presos políticos eram obrigados a tortura adicional: assistir a sessões de tortura de companheiros de cárcere e às vezes de cela.

"`Se alguém abaixasse a cabeça diante de um preso ensangüentado, o delegado Fleury nos segurava pelo rosto e nos forçava a olhar"`, relatou a ex-presa política Neide Regina Cousin Barriguelli.

Sérgio Fernando Paranhos Fleury morreu sem pagar por seus crimes, apesar de ter sido indiciado em vários processos. Para salvar a pele dele, foi criada a Lei 5941, mais conhecida como Lei Fleury.

É verdade que este diploma legal passou a proteger também todos aqueles que, tendo bons antecentes, caem nas malhas da lei pela primeira vez. Dependendo do que fizeram, passam a gozar os benefícios da sursis, palavra latina, do antigo direito romano, que, depois de passar pelo francês, ganhou o significado de suspensão da pena, em domínio conexo com o verbo surseoir, suspender, dispensar.

A morte de Fleury foi uma grande surpresa para todo o Brasil. Ele morreu afogado no dia primeiro de maio de 1979, em Ilhabela, no litoral paulista, depois de cair do iate onde estava. Faria 46 anos dali a 18 dias. Nos obituários de então, foi lembrado o seu papel de torturador e de líder do Esquadrão da Morte. E também a destacada atuação que teve na prisão dos estudantes no famoso congresso de Ibiúna e na morte de Carlos Marighela.

O escritor Carlos Heitor Cony foi encarregado de entrevistá-lo quando o romancista estava no batente do jornalismo e Sérgio Fernando Paranhos Fleury comandava o Dops. Escreveu Cony: "Ele torturava pessoalmente, matava pessoalmente e eu fui fazer uma entrevista com ele, me recebeu com uma metralhadora em cima da mesa"...

Nesse dia, Fleury, que matara tantos, declarou ser a favor da pena de morte para todos os crimes de homicídio. Surpresa seria se ele fosse contra!

Mas o delegado fez uma estranha exceção: a pena de morte não deveria atingir o crime passional, "porque o crime passional está além da natureza humana".

E, coisa mais curiosa ainda, o jurista Evandro Lins e Silva, que recebeu o título de "advogado do século" e foi ministro do STF, foi o primeiro a usar o conceito de vitimologia - palavra que entrou para a língua portuguesa em 1956. Na verdade ele trouxe para o português o conceito criado pelo jurista israelense Benjamim Mendelsohn, que consiste em analisar a contribuição da vítima para o crime.

Evandro Lins e Silva levantou a tese na defesa do playboy Doca Street, que matou com vários tiros a então famosa socialaite mineira Ângela Diniz.

O escritor Roberto Drummond escreveu o conto Isabel numa sexta-feira. A protagonista foi inspirada em Ângela Diniz, a quem ele tinha entrevistado. Vale a pena reler este conto, principalmente depois de tudo o que houve com ela.

Na denominação de nossas ruas, dá-se algo semelhante com o que acontece nas prisões. Muitos que estão ali, não deveriam estar. E outros, que deveriam estar, não estão.

Todavia, mais grave do que qualquer omissão é esta sinistra lembrança de homenagear um torturador. No Parque Santa Marta, bairro de São Carlos, foi erguido um monumento para homenagear um são-carlense torturado por Fleury, mas esqueceram de pôr o nome da vítima.


JORNAL DO BRASIL


Obs.: É por isso que eu sempre repito: infelizmente, estamos vivendo literalmente em uma República Socialista dos Bandidos (F.M.).





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