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Textos_Religiosos-->ANJO..., -- 09/09/2005 - 12:55 (CINÉZIA COSTA.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O dia estava frio. Sentia-me só. Fui à pracinha e vi pessoas ao redor, e muitas crianças brincando, sorrindo. Não conseguia me fazer sorrir. Não atinava para àquela tristeza. Nasci em berço de ouro, tinha uma família, mas faltava algo. Era como não ter um braço, uma perna, mãos!
Sentei-me num banco tosco, e fiz um retrospecto da minha vida. E não descobri nada de interessante. Estudei, estudei! Formei-me, para quê? Nunca me exigiram o diploma para nada. Em minha especialidade não havia empregos. Tive que aceitar um trabalho em que minha estampa, meu rosto e corpo eram o importante. Ganhava bem e servia de companhia para homens importantes. Não era garota de programas. Apenas era uma vitrine, que recebia olhares de admiração, e por vezes convites imorais. Nunca aceitei.
De repente vi um garoto comum que parecia abandonado, dentro de um carrinho de rodas. Era deficiente físico. As pessoas passavam e ninguém ousava dar-lhe uma palavra. Era assim que eu estava! Fui até ele.
Fiquei olhando para aquele menino, e me deu muita pena, mas não o cumprimentei. Apenas lancei um sorriso em busca dos olhos dele.
Por longo tempo ficamos trocando olhares, mas nenhuma palavra era trocada. Achei-o arrogante. Por quê ele não me sorrir e nada fala?
Desconcertada com o desprezo da criança, voltei para casa. Não consegui dormir. Aquela criança abandonada ainda estava na praça. Atrás das vidraças via aquela criança. De repente o tempo fechou e começou a chover e a ventar.
Pensei no menino, e olhei para a praça e lá ele estava. Todos corriam, mas ninguém para empurrar o carrinho de rodas.
De repente um estalo. Por quê ninguém o ajuda? Peguei minha capa de chuva, um guarda-chuva enorme e fui à praça. O telefone toca e atendo. Era um convite para acompanhar um empresário famoso. Muita grana! E, novamente a solidão invadiu a minha alma. Seria uma simples vitrine para alguém ganhar dinheiro e fama.
Mandei tudo as favas. Existia uma criança só que como eu precisava de proteção. Corri de encontro aquele menino, possuído de um olhar profundamente triste. Ofereci proteção e ele chorou e disse: Você está preocupada comigo, ou veio por piedade?
Disse que não era piedade. Se ele quisesse poderíamos ficar ali sob aquela chuva e conversar. Quer conversar comigo? Perguntou a criança. Respondo que sim. Estava muito só e precisava conversar com alguém, sobre qualquer coisa, mas tinha que receber atenção, mostrar que era um ser humano, normal. A chuva intensa presenciou nossos olhares. Tentei segurar as mãos dele, e ele não as tinha. Pedi então desculpas; e ele disse: Agora você vai sumir da minha vida como os outros. Já sabe que sou diferente e não tenho nenhum valor, nem mão eu tenho! Então lembrei da minha virtual-amiga Cláudia. Que mesmo na doença que a atinge, passa a todos uma mensagem de bondade e compreensão para com todos. Nunca recebi um e-mail em que ela não enviasse amor. Não um amor interesseiro. Mas um amor Divino, com muitas mensagens que tirava a tristeza e revolta da minha solidão, mesmo ao redor de muitas pessoas que eram queridas. Lembrei então que sempre a chamava de menina-anjo. Deve ser igual a você. Uma pessoa docemente diferente. Ele não acreditava no que eu dizia. E então disse que ele para mim era um anjo que me tirou da solidão. Com certeza foi colocado ali para eu compreender o mundo. De repente ele disse: Sim! Eu sou seu anjo da guarda. Obrigado por me reconhecer. Hoje posso voltar para o meu mundo. Realizei minha tarefa. Saberá que nunca estará totalmente só. Estarei sempre próximo.
E com essas últimas palavras, os braços tornaram-se asas e sob estrelas, desapareceu. Uma mudança incrível em minha vida aconteceu. Nunca mais senti solidão, e sempre que possível passo essa energia para alguém que está só, e precisa de alguém .
Como toda história, a minha teve um anjo, que tem um nome. Cláudia de Santa Izabel,na Cidade de São Paulo.
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