Em minhas mãos, Fim de Tarde, livro de poemas de Daniel Mazza Matos, que traz no prefácio um poema onde o autor diz logo de cara: “(...) O meu verso é o farol que me guia de um mar revolto num nevoeiro”.
O livro é composto de sonetos, odes, haicais e outros poemas.
Daniel é cearense, formado em medicina pela Universidade Federal do Ceará e diz, em seu poema “Estrela”, que: “(...) Tenho só a estrada infinda para andar”.
Sobre o livro escreveu o poeta e professor de Literatura Brasileira da UERN, Leontino Filho: “(...) Sua poética respira a mais ardente sensibilidade, consegue nos repassar o sentimento de tranqüilidade, um halo de serenidade e uma sensação de paz ausentes nos dias que correm. A poesia, de certa maneira, é este bálsamo que nos propicia uma nova paz e um novo alento para a existência”.
Também se manifestou sobre o livro a poeta e professora de Teoria da Literatura, Raquel Naveira: “(...) Você demonstra a segurança do poeta que transita do soneto ao haicai, passando pelos poemas de versos livres, com mão firme e vigor. Deixa transparecer uma boa bagagem literária (Pessoa, Drummond, Bandeira, Cruz e Sousa, Baudelaire...) e formação espiritual (um Jesus vivo, humano e divino, cheio de Luz e Fogo). Demonstra ainda funda compaixão pela dor e pela miséria dos homens, por todos eles, vítimas e algozes, que compõem o nosso louco e injusto quadro social, em começos nada alvissareiros de um novo século. Com paixão de médico-poeta. Gostei.
O poeta, crítico e editor do Nozarte, Ricardo Alfaya também assim se expressou: “(...) Daniel considera o que escreveu em "O Meio da Tarde" matriz dos conteúdos tratados em cada texto. A síntese feita no livro tem relação com sua existência, uma espécie de inventário de uma tarde que chega ao fim, antecedendo um recomeço de vida. (...) Seja qual for, por certo guardará o lirismo intenso, vigoroso, por vezes satírico e sempre criativo que caracteriza sua estréia”.
Destaco no livro o poema “Carta ao prefeito”, “Despedida” que fecha com os versos: “(...) Morre o teu vulto na tempestade... torno ainda a face.... vão-se os dias... contigo se foi a minha metade!”; o seu “Epitáfio” onde diz: “(...) somos apenas a parte lembrada do que deveras somos....”; e, dentre outros, o “Haicai de fim de tarde”, que traz: “O louro arrebol. Arde, suave, a erma tarde. Dorme, enfim, o sol”.
Ao Daniel, meus parabéns pelo belíssimo volume, muito bem cuidado e que promete muita poesia a vista! Parabéns, Daniel.
Para conhecer melhor o trabalho do Daniel Mazza Matos, acesse:
www.danielmazza.com.br
Não deixe de acessar:
www.abarata.com.br/sites/luizalbertomachado
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