Desde que o mundo é mundo, sempre houve um poderoso tentando tosar a crina de um menos favorecido. Não pense que todo poderoso é mal. Alguns são doentes; pacientes terminais da febre do poder.
Uma epidemia maligna que persegue os adeptos do trono. Aquelas pessoas tendenciosas para algum tipo de mordomia.
A infecção se alastra destruindo a faculdade mental do indivíduo. Depois vem o primeiro sintoma, a megalomania.
Nesse estágio o paciente perde a razão e comete qualquer loucura por um segundo de fama; apenas um minuto de notoriedade.
Sem moral, com a auto-estima fragilizada, o mundo gira em torno da imagem manipulada pelo poder aquisitivo do cargo que exerce.
O cidadão passa a vegetar entremeio a luxúria e a avareza, com uma naturalidade exemplar. Quando a doença chega ao ápice só resta tapar o sol com a peneira.
Chega o momento de levar os feridos e pisoteados para o ambulatório. Todos precisam de uma boa saúde para suportar o próximo poderoso.