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Artigos-->Dicas de leitura e compreensão 1999 -- 13/01/2005 - 16:58 (Rodrigo Moreira Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Dicas de leitura e compreensão 1999

Rodrigo Moreira Martins





Compreendendo e Analisando o Texto do ponto de vista Filosófico



Livro: Metodologia Científica Fundamentos e Técnicas

“ Construindo o saber”

Autor: de Carvalho, Maria Cecília M.

Ed. Papirus, 4º edição

Pags 119-129/137-145





O que é texto?

O texto é obra humana, produto humano, e se expressa através dos mais variados meios simbólicos: peças de teatro, filmes, televisão, pinturas, esculturas, literaturas, poesia, livros científicos e filosóficos, artigos de revistas e jornais etc.

O texto teórico é expressão humana através da palavra articulada – linguagem. Os textos teóricos são as obras que expressam um conhecimento do mundo e se diferenciam de outras expressões simbólicas, e mesmo de outras expressões do conhecimento, à medida que são sistematizados, metódicos. O abrir-se ao texto pressupõe o dialogo com o seu autor, exige o “ouvir” a sua palavra, o seu mundo, a compreensão dos significados nele implícitos. Compreender, interpretar, significa ir além da simples dissecação a que se reduz o formalismo das técnicas de leitura que normalmente afastam, distanciam o leitor da obra.

Alguns tópicos a ser observados:

- qual o assunto tratado;

- qual o problema central levantado pelo autor;

- diante do problema levantado, qual a posição assumida pelo autor;

- quais os argumentos apresentados que justificam a posição assumida pelo autor;

- quais os argumentos secundários apresentados pelo autor.

A elaboração do esquema se faz necessária na primeira abordagem do texto teórico, quando o leitor necessita adquirir a visão de conjunto dos temas e subtemas desenvolvidos pelo autor. Pergunta-se: de que fala o parágrafo?, deve-se grifar as principais palavras, fazendo uma levantamento a partir das palavras-chave elaborando um esquema das idéias. Os textos teóricos normalmente apresentam a seguinte estrutura lógica:

- introdução

- desenvolvimento

- conclusão

A interpretação do texto é uma reconstrução mais livre do tema abordado no texto básico o que pressupõe o diálogo com o autor, o questionamento das posições assumidas e a relação destas com outras abordagens. É um trabalho que consiste basicamente em apresentar a palavra do leitor, a sua posição frente às questões desenvolvidas, o que exige estudos aprofundados e fundamentalmente olhos críticos para o mundo.

O principal objetivo da resenha é elaborar comentários sobre um texto, dando informações gerais sobre o texto, comentando sobre a idéia central do texto, comentando sobre o plano de assunto do texto e comentando pessoais e críticas.

Inicialmente, deve-se identificar autor, texto, época em que o texto foi redigido, tecendo um breve comentário para se compreender os objetivos do texto e sua idéia central. A seguir, deve-se sintetizar cada parte do plano de assunto (no caso de livros, cada capitulo) na mesma seqüência lógica em que se apresenta, num esforço pessoal de reflexão sobre os elementos fornecidos pela análise do texto.

A ABNT define resumo como sendo “ a apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto”.



Resenha:



Ao ler o texto vemos que o autor que visa o desenvolvimento da compreensão partindo da filosofia, faz grandes avanços literários e busca “sentir” o texto, compreendendo-o com a alma. Parece que tudo está dentro do seu mundo, ou até pode estar de fora, mas é possível tocá-lo e fazer-se tocar. Tudo isso com relativa racionalidade, respeitando normas e condutas que são para maioria normais, e por sua vez, depois do trabalho realizado, sobressaem entre a maioria, ganhando respeito e status nos outros meios de estudo.



Compreendendo e Analisando o Texto do ponto de vista Acadêmico





Metodologia do Trabalho Científico

Autor: Severino, Antônio Joaquim

Pags: 43-57



Antes de abordar as diretrizes para a leitura e análise de textos, recomenda-se atentar para a função dos mesmos em termos de uma teoria geral da comunicação, estabelecendo-se assim algumas justificativas psicológicas e epistemológicas fundamentais para a adoção destas normas metodológicas e técnicas, tanto para a leitura como para a redação de textos. Pode-se partir da consideração de que a comunicação se dá quando da transmissão de uma mensagem entre um emissor e um receptor. O emissor transmite uma mensagem que é captada pelo receptor. Este é o esquema geral apresentado pela teoria da comunicação. Assim sendo, o texto-linguagem significa, antes de tudo, o meio intermediário pelo qual duas consciências se comunicam. Ele é o código que cifra a mensagem. A primeira medida a ser tomada pelo leitor é o estabelecimento de uma unidade. Unidade é um setor do texto que forma uma totalidade de sentido. O estudo da unidade deve ser feito de maneira contínua, evitando-se interva-los de tempo muito grandes entre as várias etapas da análise.

A análise textual: primeira abordagem do texto com vistas à preparação da leitura.

O primeiro esclarecimento a ser buscado são os dados a respeito do autor do texto. Deve-se assinalar, a seguir, o vocabulário. Por outro lado, o texto pode fazer referencias a fatos históricos, a outros autores e especialmente a outras doutrinas, cujo sentido no texto é pressuposto pelo autor mas nem sempre conhecido do leitor. Esses esclarecimentos são encontrados em: dicionários, textos de história, manuais didáticos ou monografias especializadas, enfim, em obras de referencia das várias especialidades. Pode-se também recorrer a outros estudiosos e especialistas.

A análise textual pode ser encerrada com uma esquematização do texto cuja finalidade é apresentar uma visão de conjunto da unidade.

A utilidade do esquema está no fato de permitir uma visualização global do texto. A melhor maneira de se proceder é dividir inicialmente a unidade nos três momentos redacionais: introdução, desenvolvimento e conclusão.

Tratando-se de unidades maiores, retiradas de livros ou revistas, cada subdivisão é referida ao número da pagina em que se situa; tratando-se de textos não paginados, deve-se numerar previamente os parágrafos para que se possa fazer as devidas referencias.

A analise temática procura ouvir o autor, apreender, sem intervir nele, o conteúdo se sua mensagem.

Pergunta-se, pois, ao texto em estudo: como o assunto está problematizado? Qual o problema a ser solucionado? A formulação do problema nem sempre é clara e precisa no texto, em geral é implícita, cabendo ao leitor explica-la.

Note-se que é esta analise temática que serve de base para o resumo ou síntese de um texto. Quando se pede o resumo de um texto, o que se tem em vista é a síntese das idéias do raciocínio e não a mera redução dos parágrafos.

A análise interpretativa é a abordagem do texto com vistas à sua interpretação, mediante a situação das idéias do autor.

Interpretar, em sentido restrito, é tomar uma posição própria a respeito das idéias enunciadas, é superar a estrita mensagem do texto, é ler nas entrelinhas, é forçar o autor a um diálogo, é explorar toda a fecundidade das idéias expostas, é cortejá-las com outras, enfim, é dialogar com autor.

Uma leitura é tanto mais fecunda quanto mais sugere temas para a reflexão do leitor. Durante a leitura analítica, é a formulação de um juízo crítico, de uma tomada de posição, enfim, de uma avaliação cujos critérios devem ser delimitados pela própria natureza do texto lido. Tal avaliação tem duas perspectivas: de um lado, o texto pode ser julgado levando-se em conta sua coerência interna; do outro lado, pode ser julgado levando-se em conta sua originalidade, alcance, validade e a contribuição que dá á discussão do problema.

A problematização é a abordagem da unidade com vistas ao levantamento dos problemas para a discussão, sobretudo quando o estudo é feito em grupo.

Problematização é tomada em sentido amplo e visa levantar, para a discussão e a reflexão, as questões explicitas ou implícitas no texto.

A discussão da problemática levantada pelo texto, bem como a reflexão a que ele conduz, devem levar o leitor a uma fase de elaboração pessoal ou síntese. Significa também valioso exercício de raciocínio- garantia de amadurecimento intelectual.



Resenha:



O autor desse texto coloca-nos a disposição meios e métodos específicos para o meio acadêmico e também para todos os tipos de estudo. Usa termos que são relativamente fáceis de se interpretar e utilizar, pois tem uma linguagem didática e voltada, não só para as interpretações do estudo em questão, mas também para servirem de objeto de estudo, fazendo com que se utilize essas ferramentas para aprimorar os estudos, também dá oportunidade para rever os conceitos e repensar novas fórmulas para a compreensão e análise dos textos.







Compreendendo e Analisando o Texto do ponto de vista Científico



Técnica da pesquisa Científica

Autor: Blanco, Ricardo Roman

Vol. I

Pags: 161-162/168/184-195



O pesquisador de história deve iniciar seus trabalhos conhecendo e manuseando documentos. Uma xerocópia, um fac-símile serão suficientes no inicio para fazer a leitura e correspondente interpretação de um texto ou documento, especialmente, se já contamos com uma publicação, que pode servir-nos como ponto de partida e comparação.

A escolha dos textos e documentos será sumamente cuidada: não devem ser muito extensos ou, do contrário, seu estudo não terá fim; serão sempre interessantes, no intuito de captar a atenção dos alunos e motivá-los, procurando que, os tais textos ou documentos digam respeito a questões de grande importância para eles.

Os textos e documentos que devem ser escolhidos para trabalhos do estudo dos textos são, em primeiro lugar, os manuscritos originais, ou sua fotografia ou xerocópia. Sua leitura paleografica deverá ser feita por todos os integrantes do grupo. Para tanto, é imprescindível, que todos, sem exceção, saibam paleografia.

Recensão bibliográfica compreende duas partes: descrição da obra e juízo crítico, sobre seu valor cientifico. Julgar criticamente uma obra não é dar dela uma simples resenha. Consiste, pois, fundamentalmente, na crítica que de trabalhos alheios preparamos ou redigimos, consistente, como já dissemos, no resumo do trabalho e do juízo critico sobre o mesmo. Ela pode ser oral ou escrita. Ambas constam também de duas partes fundamentais: resumo da obra e juízo critico.

Quase nenhuma das recensões, que encontramos nas revistas, informam devidamente ao pesquisador de todos esses extremos. Para satisfazê-los cumpridamente é necessário:

- educação científica do crítico;

- competência na matéria;

- pleno conhecimento do trabalho a criticar;

- dotes literários necessários para desenvolver a recensão de modo claro e lógico.

Um crítico dotado dessas qualidades, verá logo se o autor utilizou toda a bibliografia que precisava consultar, se conheceu todas as fontes que devia levar em conta.

Indicar seu mérito real e objetivo (excelente, bom, ordinário, pobre, pessoal, comum, sério, claro, confuso, lógico ou ao contrário; interessante, pesado etc.) devem indicar-se também os erros científicos, cronológicos ou outros em que o autor incidiu com a indicação das páginas, em que tais erros se encontram. Os erros e defeitos tipográficos só se deverão indicar se alteram profundamente o sentido ou denotam grave negligência.

Outra vantagem não desprezível será também habituar os alunos a prestar atenção a quanto lêem, e a expor com precisão os pensamentos de outros autores.

Um trabalho critico ou edição critica de um texto deverá ser feito de maneira que anule todos os anteriores, isto é, que seja superior a todos eles. Para preparar este exercício, o pesquisador precisa, como é lógico, conhecer todos os trabalhos ou edições anteriores.

A experiência ensina que em toda e qualquer obra, deslizam sempre erros que podem proceder do amanuense, ou mesmo do autor. Estes erros podem consistir em equivocações, quer de quem escreve, quer de quem dita. Complemento natural dos estudos são as viagens de conhecimento, cujo objetivo propício é fazer com que os participantes conheçam, sobre o próprio terreno, quanto estudaram teoricamente. Sua utilidade é extraordinária e não deveria existir curso, nem série que não realizasse anualmente pelo menos duas a três dessas viagens.



Resenha:



Neste texto o autor nos mostra o quanto é trabalhoso compreender e analisar um texto científico. Fala de conhecimentos específicos, habilidades únicas, particularidades de importância vital para quem trabalha com tal questão. Vemos que são necessários cuidados, que se não levados a sério, podem distorcer todo o trabalho. Também dá sugestões enriquecedoras e novas, bem diferentes dos outros estilos de estudo e compreensão de textos.



Resenha dos textos em questão:



A Importância dos Vários Estilos de Compreensão e Análise dos Textos



Com esse material em mãos, vemos que os estilos de estudo de textos diferem uns dos outros, somente em questões de interesses específicos, aos quais se direcionam métodos particulares e diferentes dos demais. No filosófico, caracteriza-se a “alma” do texto, o sentir experimentando é importantíssimo. Já no acadêmico, oque nos interessa é o resultado imediato, conforme nossas necessidades, que na maioria das vezes são orientadas por professores e nossos orientadores, dessa forma se faz o estudo com um horizonte relativamente limitado, apesar de muito vasto. E, por fim, falamos do método científico,

( se assim o podemos chamar) este último faz com que as pesquisas sejam exaustivas. Literalmente requer um atenção especial, pede que o estudo esgote todas as variáveis possíveis, é quase matemático, a não ser pelo assunto a ser estudado, compreendido, analisado.

Cada estilo tem sua importância, característica que distingue seus usuários, mas não fecha as possibilidades para aventureiros buscarem novos horizontes, aprendendo um pouco mais desse nosso grandioso universo.





Bibliografia:



- Metodologia Científica Fundamentos e Técnicas “Construindo o saber”

Autor: de Carvalho, Maria Cecília M. - Ed. Papirus, 4º edição - Pags 119-129/137-145

- Metodologia do Trabalho Científico

Autor: Severino, Antônio Joaquim - Pags: 43-57

- Técnica da pesquisa Científica

Autor: Blanco, Ricardo Roman - Vol. I - Pags: 161-162/168/184-195





Aluno: Rodrigo M.Martins

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