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Artigos-->CAIM E ABEL – 2º ATO -- 11/01/2005 - 01:16 (Lauro Denis) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos







Mais uma vez a senhora ( vou tratá-la de senhora, pois a ilustríssima leitora não quis distinção e nem disse também a sua Religião ), mas volta, agora com outro tema, relativo aos dois Irmãos do V.T.



Fico pensando : Qual será a próxima investida ? Não basta aos Escritores desse Site colocarem suas opiniões aqui, com diversidades de posturas, com múltiplas perspectivas e óticas, no legítimo direito de expressão e serem respeitados por isso ?? Ou será que sempre haverá inconformismos daqueles que não sabem que cada ser humano é um conjunto de conhecimentos, virtudes e defeitos, mas que têm pleno conhecimento dos direitos de se expressarem com base no que sabem, assimilam e acreditam ??





Bela Dona : "Esse é apenas um dos pontos em que o argumento reencarnacionista se mostra sem fundamento. Se, segundo a Bíblia, Adão foi o primeiro humano, e Abel e Caim eram seus primeiros filhos, Caim e Abel seriam reencarnações de quem? Que digam que eu, você ou outro tivemos vidas anteriores, não é tão simples provar o contrário. Mas Caim e Abel não teriam ancestrais. Vê-se aí a desnecessidade de reencarnação para justificar diferenças pessoais."





Sem fundamento é a atitude de uma pessoa que se arroga a criticar sem conhecer os princípios básicos de uma Doutrina Religiosa. Tal questão prima pela falta de visão e do conhecimento mínimo de seus postulados.



Além disso, uma visível inconsistência : Segundo suas assertivas anteriores, a própria leitora não crê na totalidade dos ensinamentos da Bíblia. Eis suas palavras de 09/01/2005 - 21:46 :



"...Não vou aqui dizer que está certo nenhum dos que, com suas numerosas e contraditórias idéias, escreveram a Bíblia (...) Mais uma questão inútil para quem acredita que tudo que está na Bíblia é "a verdade..."



Mas a mesma leitora crê naquilo que até alguns Padres, Teólogos e Estudiosos da Bíblia só aceitam como fábula, e não como realidade. A saga de Adão e Eva é um simbolismo da criação, segundo o Teólogo, Professor e Escritor João A. Mac Dowell, do Site - http://www.redemptor.com.br  ou  http://www.misericordia.com.br/tiraduvidas/respostas.php?id=53 :



Pergunta 156 -"Ouvi um padre dizer que a história de Adão e Eva, contada na Bíblia, não é verdadeira. A Bíblia não é a palavra de Deus ? Em que devo acreditar ?



156- Resposta : Você provavelmente não entendeu bem o que o padre disse. A história de Adão e Eva é verdadeira, sem dúvida, mas não deve ser compreendida ao pé da letra. Por exemplo, quando Você canta o hino nacional, diz que o Brasil está "deitado eternamente em berço esplêndido". Ninguém vai pensar que existe um berço enorme onde o Brasil está deitado. Mas, através dessa linguagem poética, o autor do hino exprime uma verdade: os brasileiros vivem dentro de um território magnífico, comparável ao berço onde se põe uma criança.



Assim também a Bíblia usa símbolos concretos para explicar coisas espirituais que não podemos ver. Ela diz que Deus formou o homem do pó da terra e insuflou em suas narinas um sopro de vida (Gen 2,7). Mas não pretende que se acredite que Deus tem mãos como nós para modelar uma imagem e que o sopro de sua boca deu vida a uma estátua de barro. É apenas um modo de dizer, utilizado na Bíblia, para revelar verdades muito profundas sobre a nossa vida.



Não existe contradição entre a verdadeira fé e a verdadeira ciência. Elas tratam da origem do ser humano sob aspectos diversos. Quando a Bíblia diz que o mundo foi criado em seis dias ou que Deus formou Adão do pó da terra e Eva de uma costela de Adão, está usando uma linguagem simbólica, como quando o marido chama sua mulher de "meu coração". O ensinamento da Bíblia não é uma explicação científica da origem da espécie humana, mas uma mensagem religiosa sobre o sentido de nossa vida.



Você como cristão não é obrigado nem a aceitar nem a recusar a teoria da evolução. Também não precisa acreditar que o primeiro homem se chamou Adão e a primeira mulher Eva, porque não é isso que Deus nos quer ensinar através da Bíblia. Adão em hebraico significa simplesmente "homem" e Eva significa "mãe dos viventes". E por causa do seu pecado, Adão e Eva são expulsos do paraíso, onde viviam felizes juntos de Deus. É uma imagem das conseqüências da recusa de Deus e do seu amor.



De fato, a cena da serpente tentando Eva a comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal emprega uma linguagem figurada, como a que se usa na poesia ou mesmo nas histórias para crianças. Ninguém deve pensar que uma serpente falou e que o pecado de Adão e Eva consistiu em comer uma fruta. Mas, através dessas imagens, a Bíblia nos oferece um ensinamento religioso muito profundo.



Este é o verdadeiro sentido da história de Adão e Eva. A Bíblia não é um livro científico nem uma história como qualquer outra. É um livro religioso. Só pode ser entendida quando Você procura nela a mensagem de Deus para sua vida."




(João A. Mac Dowell S.J.)



( Destaques meus ).





Alguns religiosos acreditam que Adão seria primeiro ser humano, criado há uns 6.000 atrás. A Bíblia, a qual nem a própria leitora acredita integralmente como verdade absoluta, contém dados cronológicos e genealógicos que sugerem que a criação ocorreu há cerca de 6.000-7.500 anos atrás, dependendo de qual versão antiga é usada, o que daria respaldo ao fato de Caim e Abel serem a segunda geração da Terra. Porém, a Ciência já demonstrou, de forma inequívoca e farta, que os vestígios da raça humanóide, em suas vertentes, tiveram origem há milhões de anos.



O anúncio de uma descoberta científica ganhou a primeira página de jornais do mundo inteiro em outubro de 2002. Arqueólogos encontraram, no deserto de Chade, na África, um crânio, com datação de mais de 7 milhões de anos, e que recebeu a denominação científica de Sahelanthropus tchadensis ( Homem do Sahel Chadiano ), apelidado de Toumai, capaz de explicar a evolução do homem. Quem garante é o paleontólogo Michel Brunet, da Universidade de Poitiers, na França. Foi a equipe dele que descobriu o crânio que pode ter pertencido ao mais antigo ancestral do homem.







A interpretação da bíblia varia de religião para religião, de grupo para grupo, e de leitor para leitor. Por isso, enquanto que para alguns movimentos religiosos e pessoas em particular, o relato do Gênesis sobre a criação é aceitável ou mesmo verdadeiro, havendo mesmo uma crítica acérrima aos dados empíricos que fundamentam a teoria da evolução, para outros, inclusive Cristãos, o relato é apenas um poema que acentua o papel de Deus como criador, que não deve ser lido de forma literal mas, apenas simbólica e adaptada ao contexto histórico em que foi escrito. A Igreja católica, por exemplo, aceita hoje a teoria da evolução, propondo uma interpretação metafórica do texto bíblico. Da mesma forma, há quem defenda que o relato da "paragem" do sol, no livro dos Juízes, deve-se a um hebraísmo - uma figura de estilo do hebraico que não é traduzível para outras línguas, ou que o ataque da Igreja católica à teoria heliocêntrica de Copérnico e Galileu se deve apenas ao erro de interpretação da hierarquia católica e não ao próprio texto bíblico. Há que notar que a interpretação de uma Escritura é um fenômeno muito complexo. No caso da Bíblia, a complexidade é agravada por ser um texto comum a diversas religiões que a interpretam à luz dos princípios que cada uma considera invioláveis, sejam apresentados explicitamente como dogmas ou não.







**********






Tudo tem um começo, com exceção de Deus, que é incompreensível aos nossos frágeis conhecimentos e concepções. Quando muito, o ser humano projeta uma abstração, uma apreensão incompleta, face ao seu esboço evolutivo, procurando avançar sempre no caminho que o Pai maior nos concedeu.



Podemos dizer que o espírito é, em algum momento, criado por Deus, e é colocado no mundo material para viver em comunidade e assim aprender a prática do bem comum e da solidariedade, apesar dos desvios e fragilidades a que cada um se entrega. Antes do corpo, havia apenas a centelha divina. Somente após sua primeira experiência como encarnado, o espírito inicia seu caminho em direção ao aperfeiçoamento.



Além disso, temos a pergunta 78, do Livro dos Espíritos, base da Doutrina, mas que certamente a leitora não leu, mas critica :



78. Os Espíritos tiveram princípio, ou existem, como Deus, de toda a eternidade ?



“Se não tivessem tido princípio, seriam iguais a Deus, quando, ao invés, são criação Sua e se acham submetidos à Sua vontade. Deus existe de toda a eternidade, é incontestável (...) Os Espíritos são a individualização do princípio inteligente, como os corpos são a individualização do princípio material. A época e o modo por que essa formação se operou não foi dado a nenhum ser humano o direito de conhecer...”





Assim, ninguém, não importando sua religião, tem esse conhecimento. Ou será que existe alguém aqui na Usina que o possui ??? Digo isso face à postura de grandes personalidades do mundo Cristão, pertencentes à própria Igreja e que acreditavam na preexistência da Alma, como Santo Agostinho, muito conhecido dos Católicos, em sua Obra “Confissões”, Livro 1, capítulo VI :





"Dizei-me, eu vo-lo suplico, ó Deus, misericordioso para comigo, que sou miserável, dizei se a minha infância sucedeu a outra idade já morta, ou se tal idade foi a que levei no seio de minha mãe ? (...) E antes desse tempo, quem era eu, minha doçura, meu Deus ? Existi, porventura, em qualquer parte ? Era Eu, por acaso, alguém ?" ( Destaques meus ).







Mas volto a repetir : Quando e qual será a próxima investida ??? O que virá após o 2º Ato ??? Qual argumento será aqui exposto pela inconformada leitora para, com suas insistentes tentativas, buscar vencer pelo cansaço, já que na sua primeira incursão, não logrou êxito, tanto que, agora mudou o foco nem quis mais comentar, dentre outros, as interpretações católicas dadas à Espístola Paulina e ao Juízo Final, diferentes das minhas e até de um professor que defende a primazia da Igreja. Quem sabe, por isso, ela não tenha revelado sua religião...



Infelizmente, muitos preferem limitar-se a ler a letra que mata e não percebendo o espírito que vivifica. Se, ao invés de ficar procurando justificativas para combater algo que os incomoda, e realmente procurassem a verdade em toda a Filosofia de uma Religião, "determinados indivíduos" poderiam ser considerados críticos mais autênticos e com legítimas credenciais para o Juízo e discernimento entre o que é verdadeiro e falso na Religião alheia.



Quando tomamos a tarefa de censurar o trabalho de alguém, devemos primeiro provar que somos dignos de crédito para tal empreendimento. Ademais, já dizia Kardec :





“ O verdadeiro crítico deve provar não somente erudição, mas um saber profundo no que concerne ao objeto que trate, promovendo um julgamento sadio e com uma imparcialidade a toda prova. Do contrário, qualquer sanfoneiro poderia se arrogar o direito de julgar Mozart, ou um pintor de paredes, o de censurar Van Gogh.”





Estarei sempre disposto a replicar, mas prefiro a Bandeira Branca, pois reitero : Direito à opinião TODOS temos. E a prerrogativa do respeito, deveria pautar a conduta de quem escreve, de forma democrática e sincera.









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