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Artigos-->O MUNDO JÁ FOI QUADRADO -- 08/01/2005 - 21:53 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




O Mundo Já Foi Quadrado

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O mundo já foi um plano. Depois foi arredondado Não sem haver muita briga. Não sem haver muita intriga. Não sem haver desengano. E até cientista afamado. Tentando explicar o fato. Da curva do horizonte. Até mostrou o retrato. De pronto não convenceu. Não teve significância. Foi muito caluniado. O seu significado. Por conta da ignorância. Chamado de louco e tarado. De brucho e até de doente. Doente desenganado. Acabou trancafiado.



Depois de muita implicância. E de muita militância. A tese ficou provada. Pra surpresa de muita gente. O cientista estava certo. Da tese do mundo redondo. Bem longe de ser aceita. A conclusão é perfeita. E o mundo mudou de forma. Virou de cabeça pra baixo. Depois de tanta arrogância. Acabou virando norma. E o assunto foi encerrado. E antes quem era contra. Passou a mudar de lado.



Até há pouco a teoria. Da redondeza do mundo. Daquele pensar profundo. Ainda tinha valia. Ainda se acreditava. Que o mundo era uma bola.. Com outro significado. Redondo significando. Que não era complicado. Mas não demorou muito tempo. Pra perceber que o mundo. Não era assim tão certinho. Conforme a gente pensava. E tudo começou a mudar. Depois que algumas palavras. Passaram a ter outro sentido. A dizer o indizível.



Dentro de um mundo moderno. Mudando o significado. Tudo que era antigo. Igual ao mundo redondo. Não demorou muito tempo. E neste tempo hodierno. Mudou de forma e sentido. E tudo que era velho. Passou logo a ser quadrado. O velho que era idoso. Hoje o chamam de coroa. E tratado numa boa. Com jeito às vezes maldoso. Igual ao mundo redondo. Ganhou fama de antiquado. E tudo que era antigo. Foi de pronto superado. Passando a ser hodierno. Tudo que é jovem e moderno. Como hoje é chamado. E tudo ficou truncado.



Amar mudou de sentido. Namoro virou ficar. Um verbo contrariado. Pois quem fica no namoro. Na verdade não demora. Conhece a moça num dia. E no outro vai embora. Amar é fazer sexo. Em qualquer lugar e hora. Não é preciso paixão. Não é preciso cuidado. Isso é coisa do passado. Basta ter disposição. Basta entrar no motel. Com um pouco de tesão. E no outro dia acordar. E verificar com surpresa. Que a loira com quem dormiu. Que tanto você beijou. De manhã quando sorriu. E a peruca tirou. Tinha a barba bem cerrada. E cabelo por todo lado. E o que ontem fora bom. Hoje ficou complicado.



A idade é outra coisa. Que muda conforme o contexto. Quando se está muito velho. Quase sempre a pretexto.. A idade cronológica é a que mais aparece. Aquela que não se esquece. Aquela que ninguém duvida. Mas se o coroa é sadio. E ainda pensa em namoro. A idade mental modifica. Passa a ser a de menino. Volta a ficar no cio. E às vezes até acontece. No pensamento o namoro. Mas na hora de dá no coro. O corpo não acompanha. E o velho apela pra manha. Faz o jogo social. Passeia com a menina. E tudo fica normal. Depois que toma a vitamina. Depois do restaurante. Tudo muda num instante. E a coisa fica fina.



Até a geometria. Que antes era usada. Pra definir o espaço. Com o risco do seu traçado. Agora entrou na política. De modo acentuado. E mudou tudo de lado. Tem partido de esquerda, entrando pela direita, saindo do outro lado, numa manobra imperfeita.. E tem gente na direita, que de tanto mamar o leite, agora depois do arroto, pretender mudar de ração. Passou a escrever com a esquerda. E virou até canhoto. Vem fazendo corpo mole, vem fazendo oposição. Tranca a pauta do Congresso. E parte para o recesso, mudando de opinião. Mas afinal são todos eles. Não há partido que não. Deixaram de lado os programas. E só pensam na eleição. De preferência à vontade. Sem a tal coligação. A bagunça está formada. E também a opinião. Melhor estar no Poder, do que parar para ver, o que diz a Constituição.



E assim nós vamos levando. No lombo o coro à vontade. Parece que não tem idade. Parece que não tem perdão. Mas digo de coração. Com toda sinceridade. É grande a coisa empurrada. É grande o nosso chumaço. Estão tratando o povo. Como se fosse palhaço. Palhaço sem luz, sem razão. Palhaço que paga a conta. Da falta de energia. Desse governo esquecido. Que por não ter investido. Inventou o apagão.



Mas há luz no final do túnel. Embora com pouca energia. Apontando pra solução. E apesar da oferta. Ser pouca e de má qualidade. Vamos pensar à vontade. Nessa próxima eleição. Do ano de 2006. Escolher um candidato. Não pode errar outra vez. Jamais pelo retrato. Jamais pelo cabelo. Escolher homem cordato. Que possua condição. De tratar esta Nação. Com um pouco mais de zelo.



Se não volta tudo de novo. De novo, a escuridão. O insólito acontece. Erro humano, sem perdão. Assim falou a ministra. De novo não acontece. Esquece de bater na boca. E o danado do raio aparece. Derruba de novo a linha. Parece briga de rinha. Apaga tudo de novo. E o Rio de Janeiro. Vira boate do povo. No escurinho do cinema. Começa tudo de novo.



Diz o nosso presidente. “Nós não podemos errar”. Parece até brincadeira. De quem gosta de brincar. Até quando esse discurso. Pode o povo enganar? E para terminar a prosa. Meu chapéu agora tiro. Perguntando de mansinho. Apesar do escurinho. Onde anda o Waldomiro? E pra completar o indagado. Além do arquivo falado. Da ditadura militar. Porque não aproveita a hora. Por Deus e Nossa Senhora. E abre aqui do lado. O arquivo tão em voga. O arquivo do BANESTADO?







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