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Poesias-->Voluptuosa Morte -- 18/03/2002 - 05:41 (Narjara de Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


O vento solitário a vagar pelo quarto escuro

Uma observadora coruja com seu mórbido canto

Uivam os lobos mortos pela fome

Sobre a terra, o sangue dos mártires

E o monsieur...

Tal como o canto do lúgubre belga

Não mais diferente que a púrpura rosa morta

Como um lugar inóspito ocupado por uma alma alada

Perdido no labirinto profundo da dor,

Por amar a morte

A dama que morre aos poucos deitada em seu leito imundo

Baratas correm pelo quarto,

Um morcego a cantarolar suas asas

Restos de comida...

E da moça...

Os cabelos caem sobre o farelo de pão

Na pele, a exuberância letárgica

Os olhos...Ah, os olhos...

Estes estão fechados, e dentro deles

Seca o poço do mais puro vinho branco

Os vermes sobem por seu corpo

Como uma sinfonia, seguem os trilhos da perfeição

Mas sua beleza é como a chama da paixão

Morre, mas fica no cogito alheio

Mas o corpo...

Entregue à sua langorosa decomposição

Clama por sua cova sórdida conspurcada

O cheiro afastam as borboletas

Como tamanha podridão exalta do corpo da mais bela dama?

Tal carniça malcheirosa é nada mais que,

O mais suave balé das virgens de Lesbos

Entretanto morta, transcende exímia beleza

Mesmo no término de sua vida...

Na limítrofe barreira que os cerca

Sois a volúpia da morte

E o mancebo...

Jaz sobre o seu corpo

A penetrar seu peito

E beber o cálido sangue

Que salta sobre seus lábios

O cavalheiro...

Esta a clamar seu amor

Cujo tal, jamais terá em terra verde

Pois esta morta..

Perfeita e graciosamente, Morta.

































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