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Poesias-->Sem Título -- 18/03/2002 - 05:20 (Narjara de Medeiros) |
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"Ai, quanto trabalho me dá
querer-te como eu quero!"
Frederico Garcia Lorca
O que há em mente é um pensamento único
Ramificado em diversos setores do mesmo Outro-Ente
Desejos todos direcionados ao ícone intangível
Minhas próprias necessidades agora submetidas
A um sentimento-mor
Uma vontade louca sobe-me à carne
E me deixa a ponto de exteriorizar
Toda a caixa subjetiva de sentimentos
Paro com tudo e peço ao mundo que pare
"Que parem os relógios, cale o telefone,
Jogue-se ao cão um osso e que não ladre mais"
Pois nada pode prender a minha atenção doravante
Não é voz elevada em função de dúvida
Apenas grito para mostrar o que sinto mente-coração
Peço que pare tudo, pois estou a gritar ao mundo
E preciso que ele me escute
Se tal grito não transpuser toda a barreira global
Que penetre o seio interno de uma única Pessoa
Proferindo o que estou a uivar incessantemente:
Amo amo amo amo amo amo
Aquele que é ente-singular em vida minha
Que está pulsando fortemente cá dentro
E que não se pode separar
Sem que o Ser mesmo se destrua
Ser uno em sua dualidade.
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