---- O que imagino e diviso
---- Num simples improviso de olhar
---- Sobre o vazio
---- Dá-me a Tua imagem
---- Púdica e desnuda...
---- O Teu ténue sorriso
---- Chega-me impreciso a dealbar
---- Em luminoso fio
---- Que cobre a paisagem
---- Constante que não muda.
---- Os corvos sobre o sonho grasnam
---- Os rouxinóis felizes assobiam
---- Os macacos cépticos pasmam
---- E coiotes covardes desafiam.
---- Na água límpida do riacho que passa
---- Atenuo a sede que me abrasa
---- E sonho-Te inteira cheia em taça...
---- E a frescura então me ultrapassa
---- Como se Teu corpo fosse a minha asa!