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Artigos-->KARDEC, ROUSTANING, FEB E O ESPIRITISMO -- 18/12/2004 - 04:05 (Lauro Denis) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






KARDEC, ROUSTANING, FEB E A COERÊNCIA ESPÍRITA







Nas Sagradas Escrituras, a pluralidade das existências tem o seu espaço SIM, mas consoante o entendimento e termos usados na época da sua transcrição. Lembremo-nos que a palavra “Reencarnação” só passou a existir no Séc. XIX, na França, portanto este termo “Reencarnação” não poderia mesmo estar contida nas Sagradas Escrituras, embora a crença na pluralidade das existências seja muito anterior a Cristo.





Alguns fatos históricos, citados no Título “Ressurreição ou Reencarnação”, apontam em direção contrária às teses dessas pessoas que se limitam a escolher aquilo que melhor sintonize com suas crenças, independente dos inúmeros estudos que põem por terra, com base na história e na ciência, seus argumentos fundamentados na fé cega.



Procuraremos então, levar a verdadeira Luz que dissipa o obscurantismo implantado por muitos líderes religiosos, impondo suas vontades sob o pretexto de estarem inspirados pelo “Espírito-Santo”, dando um tom de divindade aos seus próprios interesses. Tudo isso facilita a disseminação de uma “ditadura religiosa” e a determinação daquilo que mais lhes interessa, ou seja, manter os súditos sob controle e em obediência, calados e submissos, exatamente como Padres e Pastores gostam de vê-los.





Vamos aos fatos :



É antiga a polêmica criada nos meios espíritas em torno da obra “Os Quatro Evangelhos”, do advogado francês Jean-Baptiste Roustaing. Nomes ilustres da Doutrina têm-se colocado em lados opostos, mas sempre colocando suas idéias e opiniões em alto nível de debates.



Podemos citar, como um dos exemplos, o Dr. Guillon Ribeiro, tradutor das obras de Kardec, e que não sentiu nenhum constrangimento em traduzir também o livro de Roustaing.



Ultimamente, porém, irmãos desavisados têm levado aos debates um tom agressivo, totalmente contrário aos preceitos da Doutrina, chegando ao ponto de atacar de maneira violenta, nada espírita, pessoas e instituições respeitáveis, como a centenária Federação Espírita Brasileira e à médiuns como o nosso querido Francisco Cândido Xavier.



Recentemente chegou às nossas mãos um livreto, de autor desconhecido nos meios espiritistas, no qual insinua maliciosamente que, tanto como Chico Xavier, quanto seus mentores Emmanuel e Irmão X, são agentes do jesuitismo infiltrados no movimento espírita brasileiro, com o objetivo de desestabiliza-lo !!! O que está havendo com essas pessoas? Será que estão passando por terrível processo obsessivo? Não sabemos. A verdade é que estão oferecendo subsídios aos nossos detratores para nos atingirem mais ainda.



E estas pessoas se dizem “defensoras da verdade”, Kardec nos ensinava a respeitar e mesmo pesquisar as obras que nos seriam contrárias. Fiquemos com Kardec ou Roustaing, ou com os dois, o que seria mais sábio. Mas EM PRIMEIRÍSSIMO LUGAR, fiquemos com Jesus!





Passemos, então, a palavra a Kardec, no texto intitulado "Os Evangelhos Explicados" – Pelo Sr. Roustaing, onde ele os comenta :



"Esta obra compreende a explicação e a interpretação dos Evangelhos, artigo por artigo, com ajuda de comunicações ditadas pelos Espíritos. É um trabalho considerado, e que tem, para os Espíritas, o mérito de não estar, sobre nenhum ponto, em contradição com a doutrina ensinada pelo “Livro dos Espíritos” e o “Livro dos Médiuns”. As partes correspondentes àquelas que tratamos em O Evangelho Segundo o Espiritismo o são num sentido análogo. De resto, como nos limitamos às máximas morais que, quase sem exceção, são geralmente claras, elas não poderiam ser interpretadas de diversas maneiras; também foram o assunto de controvérsias religiosas. Foi por esta razão que começamos por ali a fim de ser aceito sem contestação, esperando para o resto que a opinião geral estivesse mais familiarizada com a idéia espírita".



"O autor desta nova obra acreditou dever seguir um outro caminho; em lugar de proceder por graduação, quis alcançar o objetivo de um golpe. Tratou, por certas questões que não julgamos oportuno abordar ainda, e das quais lhe deixamos, consequentemente, a responsabilidade, assim como aos Espíritos que os comentaram.



Conseqüente com o nosso princípio, que consiste em regular a nossa caminhada sobre o desenvolvimento da opinião, não daremos, até nova ordem, às suas teorias, nem aprovação, nem desaprovação, deixando ao tempo o cuidado de sancioná-las ou de contradizê-las. Convém, pois, considerar essas explicações como opiniões pessoais aos Espíritos que as formularam, opiniões que podem ser justas ou falsas, e que, em todos os casos, êm necessidade da sanção do controle universal, e até mais ampla confirmação não poderiam ser consideradas como partes integrantes da Doutrina Espírita".



"Quando tratarmos essas questões, o faremos sem cerimônia; mas é que, então, teremos recolhido os documentos bastante numerosos, nos ensinos dados de todos os lados pelos Espíritos, para poder falar afirmativamente e ter a certeza de estar de acordo com a maioria; é assim que fazemos todas as vezes que se trata de formular um princípio capital. Nós os dissemos cem vezes, para nós a opinião de um Espírito, qualquer que seja o nome que traga, não tem senão o valor de uma opinião individual; nosso critério está na concordância universal, corroborada por uma rigorosa lógica, para as coisas que não podemos controlar por nossos próprios olhos. De que nos serviria dar prematuramente uma doutrina como uma verdade absoluta, se, mais tarde, ela devesse ser combatida pela generalidade dos Espíritos?".



"Dissemos que o livro do Sr. Roustaing não se afasta dos princípios de “O Livro dos Espíritos” e o “Livro dos Médiuns” ; nossas observações levam, pois, sobre aplicação desses mesmos princípios à interpretação de certos fatos. É assim, por exemplo, que dá ao Cristo, em lugar de um corpo carnal, um corpo fluídico concretizado, tendo todas as aparências da materialidade, e dele faz uma agênere. Aos olhos dos homens que não teriam podido compreender, então, sua natureza espiritual, teve que passar EM APARÊNCIA, essa palavra é incessantemente repetida em todo o curso da obra, para todas as vicissitudes da Humanidade. Assim se explicaria o mistério de seu nascimento: Maria não teria tido senão as aparências da gravidez. Este ponto, colocado por premissa e pedra angular, é a base sobre a qual se apóia para explicação de todos os fatos extraordinários ou miraculosos da vida de Jesus".



"Sem dúvida, não há aí nada de materialmente impossível para quem conhece as propriedades do envoltório perispiritual; sem nos pronunciar pró ou contra essa teoria diremos que ela é ao menos hipotética, e que, se um dia ela fosse reconhecida errada, a base sendo falsa, o edifício desmoronaria. Esperamos, pois os numerosos comentários que ela não deixará de provocar da parte dos Espíritos, e que contribuirão para elucidar a questão. Sem prejulgá-la, diremos que já foram feitas objeções sérias a essa teoria, e que, na nossa opinião, os fatos podem perfeitamente se explicar sem sair das condições da Humanidade corpórea".



"Estas observações, subordinadas à sanção do futuro, não diminui nada a importância dessa obra que, ao lado das coisas duvidosas do nosso ponto de vista, delas encerra, incontestavelmente, boas e verdadeiras, e será consultada proveitosamente pelos Espíritas sérios".



"Se o fundo de um livro é o principal, a forma não é de se desdenhar, e entra também por alguma coisa no sucesso. Achamos que certas partes são desenvolvidas muito longamente, sem proveito para a clareza. Na nossa opinião, se, limitando-se ao estrito necessário, ter-se-ia podido reduzir a obra em dois, ou mesmo em um único volume, teria ganhado em popularidade".
  ( Os grifos em negrito são nossos ).







Podemos muito bem perceber que Kardec, embora não condene de todo a obra, prudentemente deixa aberto para o futuro o julgamento dela, mas quanto à questão do corpo fluídico, não deixa de dar sua opinião de que não sanciona essa hipótese. Não deixa também de falar que falta clareza e objetividade a essa obra. Diz, ainda, de forma bastante clara, que a obra de Roustaing, por falta de uma confirmação mais ampla, não poderia ser considerada como parte integrante da Doutrina Espírita.





As reflexões expostas neste documento têm como finalidade apresentar uma teoria lógica sobre a personalidade de Jesus e demonstrar que os enganos do Sr. Roustaing são provenientes justamente da interpretação superficial do conhecimento, dada a público por certos mestres da Igreja Católica.



O Espiritismo foi um esforço da Espiritualidade para popularizar o conhecimento não revelado. Allan Kardec, como grande pensador, dedicou-se também ao estudo da personalidade de Jesus. Seu trabalho pode ser apreciado em "Obras Póstumas", no tópico "Estudo sobre a natureza do Cristo", item 5. Mas mesmo ele, não chegou a deduções satisfatórias. Sem saber o que aconteceria mais tarde com a Doutrina que criara, o Codificador conclui que a questão não teria importância maior e deixou-a de lado.



Sabe-se que, em termos de revelação divina, sempre existiram a doutrina pública e a oculta. O conhecimento superficial é para o público. Já o profundo, para as escolas denominadas "iniciáticas". A interpretação que a Igreja Católica deu à personalidade de Jesus foi resultado da luta entre os pensadores dessas duas alas. Para atender aos interesses das massas, predominou, para as religiões tradicionais, o conhecimento superficial, o Jesus-Deus.





Ao ler os Evangelhos, um observador atento percebe que Jesus falava frequentemente como se fosse uma Divindade e mudava de personalidade, ora se comportando como um homem e ora como um deus. Os problemas em torno de sua individualidade nasceram deste fato.





Jean Baptiste Roustaing, autor dos 4 Evangelhos, julgou dever seguir um outro caminho. Em vez de proceder por gradação, quis atingir o fim de um salto. Assim, tratou certas questões que não tínhamos julgado oportuno abordar ainda e das quais, por conseqüência, lhe deixamos a responsabilidade, como aos Espíritos que as comentaram. Conseqüente com o nosso princípio, que consiste em regular a nossa marcha pelo desenvolvimento da opinião, até nova ordem não daremos às suas teorias nem aprovação nem desaprovação, deixando ao tempo o trabalho de as sancionar ou as contraditar. Convém, pois, considerar essas explicações como opiniões pessoais dos Espíritos que as formularam, opiniões que podem ser justas ou falsas e que, em todo o caso, necessitam da sanção do controle universal, e, até mais ampla confirmação, não poderiam ser consideradas como partes integrantes da doutrina espírita.





Estas observações, subordinadas à sanção do futuro, em nada diminuem a importância da obra que, ao lado de coisas duvidosas, em nosso ponto de vista, encerra outras incontestavelmente boas e verdadeiras, e será consultada com fruto pelos Espíritas sérios.





A obra de Roustaing possui limitações e a própria FEB não aconselha o seu estudo como um roteiro único de estudos. É uma obra para se ler e tirar conclusões não definitivas. Sabemos que é uma obra recebida por um só médium e que Kardec nos adverte sobre isso. A obra de Kardec foi recebida em diversos locais e por diversos médiuns diferentes. Tire sua conclusões...



Cremos que o Movimento Espírita Brasileiro já se encontra suficientemente maduro para discutir os problemas ideológicos e doutrinários que o afligem.



No entanto é importante discutir com transparência de propósitos, sem segundas intenções, sem subterfúgios, com espírito ESPÍRITA, isento de interesses sistemáticos e mesquinhos, muito comuns aos detratores.









Fontes :



http://www.ajornada.hpg.ig.com.br/kardec/kardec0023.htm



http://novavoz.org.br/polemico-06.htm



http://geocities.yahoo.com.br/apologia_gae/respostas_detratores/merece_credito_o_ese.htm

















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