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Artigos-->Livro Sentimento das Horas- o sublime vôo- donaldo mello -- 11/12/2004 - 18:24 (m.s.cardoso xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Sublime Vôo

Por: Donaldo Mello*



Bem que poderia ter sido, apenas, mais um domingo como dia de descanso. Pois aquele não. Era um março-epifania a desvelar. Um Dia de Reis, talvez. Acenando palmas, das palmeiras vindas do Cabo Branco paraibano. E vinham em forma de versos, cânticos, orações, elegias, denúncias, reflexões e gritos intensos em defesa do Meio Ambiente. Este mesmo que sta no meio da gente pobre, do povo humilde (enganado) das ruas, dos que trabalham arduamente para sobreviver e não para acumular. Absurdamente, poderia dizer-se, um grito formatado de delicado sussurro em favor da paz e da preservação da vida natural. Quem sabe, aquelas mãos que nos traziam um presente precioso em forma de livro, vindo desde tão distante, não seria os ecos de um certo Quixote perdido das areias tórridas da praia de Tambaú? Verdadeira aparição de domingo brasiliense a instilar: fé, perseverança, humildade e coragem. Virtudes pousadas singelamente no destino de um livro venturosamente denominado “Sentimento das Horas”. As horas sentidas do ex-pasteleiro transfigurado em escritor, semeando o jogo de contrários que devem compor a “verdadeira maravilha” da poesia. Com um espírito ao mesmo tempo sólido e penetrante, numa forma simultaneamente inflexível e delicada. Sugerindo, às vezes, que se lhe exigiu enorme agitação para concebe-la, imensa calma para aquilata-la e corrigi-la, de modo a oferecer, na mesma árvore (poesia), ao mesmo tempo flor e fruto. Livro que, apesar de necessitar, sem dúvida de revisão ortográfica numa próxima edição, pode ser visto como verdade e beleza em verdade, embora toda beleza seja verdadeira. Pensamento soando musical como os sentimentos sentidos. Excitando a alma dos leitores afora como no poema “Deus e o mundo”. Numa criação rítmica de beleza através de uma visão nova (a do “novo homem” Belo de Souza) e harmoniosa das coisas, que anunciam o nascer do entusiasmo ou da dor sob o signo infinito de um dom de Deus: a Poesia. Belo de Souza- poeta menino de olhos abertos farejando as oportunidades de aprimoramento que todo criador deseja contínuo.

Alfim, o poeta Belo de Souza – como atendendo aos passantes que lhe solicitassem: “ensina-me a voar?”- responde com um vôo solo que inclui criação coletiva, tendo como participantes (efusivos cumprimentos) a Editora da Universidade Federal da Paraíba, o jornal a União, o Sr. Alberto Francisco Bauer de ONG suíça, a professora e acadêmica Zilma Ferreira Pinto e tantos outros passageiros dessa nave, todos mergulhados na vertigem da criação. Ciosos, talvez, de que o poeta seja este elo atávico entre o ser humano mais remoto e o que há de mais contemporâneo entre os seres habitando a natureza.Um copo de sombra num sol-de-meio-dia.



(*) Poeta e professor universitário da UNB- radicado em Brasília-DF. Autor dos livros: Véspera de Azul (Massao Ohno/Valer 2002); Bordado para Iniciantes e Amanhecendo a vida, os dois últimos inéditos.





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