Momentos, momentos, momentos
Fluir da vida, espaços por nós vividos e nunca esquecidos.
Momentos não são meros momentos, são experiências que nos acrescem, pois viver é sentir e sentimento não se esquece. O que nos diferencia uns dos outros é a forma como vivenciamos as experiências vividas.
Há uma triste interpretação do que seja viver momentos
Vive-se momentos como quem muda de roupa, me olho no espelho, aprovo a roupa que visto, gosto dela, mas, daqui a pouco retiro-a e a deixo num canto qualquer. Não se avalia a marca que ficou, o aprendizado que deixou, o que marcou, como marcou, o que fazer diante das marcas que ficou, daquilo que se viveu.
Amanhã é outro dia, vamos viver o agora, dizem os metidos a experientes, esquecendo-se que o amanhã vem acrescido do momento de agora, de como foi sentido o que foi vivido. Geralmente os ditos experientes, não medem as conseqüências de seus atos, como também não considera que o momento seguinte não vem desconectado do momento de agora.
A geração tribalista canta a seguinte canção: “Ninguém é de ninguém”, mas qual o conceito de ninguém é de ninguém? O que vemos são jovens e adultos vivendo momentos, sem medir as conseqüências dos seus atos.
Meu conceito de ninguém é de ninguém é: Não somos de ninguém porque somos seres livres e responsáveis por si, mas necessitamos interagir e na interação precisamos do outro. Não somos ilhas, somos seres sociais. Cultivar o amor, a amizade, o bom convívio, o carinho, são quesitos imprescindíveis em nossa vida.
Geralmente pergunta-se ao filho, como foi na prova? Não se pergunta, como está você hoje meu filho? Como se sente? Nas relações o mais importante passa a ser o desempenho não o que se sente.
Não somos de ninguém e ao mesmo tempo somos de todos.
Jacira Monteiro 06/12/04
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