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Artigos-->CONTRADIÇÕES -- 04/12/2004 - 18:25 (Filemon Francisco Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CONTRADIÇÕES





Filemon F. Martins





Torna-se cada dia mais difícil entender o processo de mudança ocorrido com Luiz Inácio Lula da Silva e o Partido dos Trabalhadores, após as eleições de 2002, que o levaram à Presidência da República.

Quem se der ao trabalho de ler, reler e comparar a proposta alternativa que o PT pregava antes de assumir o poder e o que se diz e faz hoje no governo, ficará surpreso com o resultado, como ficou o jornalista Clóvis Rossi, da Folha de S. Paulo.

É evidente que desde os tempos remotos, têm ocorrido mudanças em todo o mundo para definir campos de ação, avanços e estratégias em busca de objetivos comuns. Porém, no Brasil de hoje, governado pelo PT, que se intitulava defensor dos trabalhadores, dos assalariados e do povo, algumas “mudanças” e alianças que, imaginávamos, impossíveis, estão acontecendo em nome da governabilidade. São mudanças muito rápidas, inexplicáveis.

Durante muitos anos, Lula e o PT encarnaram os sonhos de trabalhadores brasileiros, quase sempre explorados e oprimidos por uma carga horária elevada de trabalho e baixos salários. Contudo, após dois anos de governo, o que se vê é um indiscritível sentimento de desesperança provocado pelas decisões contraditórias e retrógradas do PT e seu líder máximo que, com a desculpa de ter herdado uma herança maldita, está transformando o governo num mercado de trocas, que mais parece o país de Ali Babá, com escândalos generalizados.

Como sugestão, seria interessante para a história brasileira e para a classe trabalhadora, que sociólogos, cientistas políticos, sociais e estudiosos do comportamento humano se aprofundassem no assunto, a fim de que nós, plebeus e simples mortais, pudéssemos compreender as nuanças e principalmente os motivos de tão repentina e radical mudança, não só do líder como também do Partido dos Trabalhadores.

Hoje, já existem algumas explicações fornecidas pelo próprio Lula, quando informa que muitas palavras proferidas na campanha pelo então candidato Luiz Inácio Lula da Silva foram ditas no calor da emoção, conforme afirmou recentemente para um documentário. Agora, segundo ele, mede e pesa todas as palavras, por força do cargo que exerce.

Por outro lado, sabe-se que é preciso estar de bem com a elite. Afinal, não importa qual partido está no poder, se é esquerda, direita, centro, mais à direita, mais à esquerda, quem manda mesmo é a elite brasileira, que vai continuar ditando as regras do jogo. Pena que não sejamos todos da elite, porque enquanto o governo ufana-se de ter alcançado uma arrecadação recorde, a classe média, os trabalhadores e o povo em geral não saem do vermelho. Também, arrocho salarial, alta carga tributária, desemprego, CPMF, Imposto de Renda Alto (sobre salários baixos), taxação de inativos, com o aval político do Supremo Tribunal Federal, o quadro não poderia ser outro.

Nada mais resta ao povo, senão esperar por mais 2 (dois) longos anos de penúria e miséria, sem perspectiva para o futuro. E acordar do pesadelo em 2006, acreditando que o candidato da oposição não seja o mesmo que desgovernou o Brasil por 8 (oito) anos.





filemon.martins@uol.com.br





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