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Teses_Monologos-->TJN - 004 = Reencarnação ou Desencarnação? -- 20/08/2007 - 20:49 (TERTÚLIA JN) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
REENCARNAÇÃO OU DESENCARNAÇÃO?

É sabido que várias crenças, religiões e seitas religiosas crêem na reencarnação, para lá da morte física, tanto no mesmo indivíduo como até noutros seres vivos. O que, cientificamente, ou segundo as leis naturais que, para os crentes, foram feitas por Deus, parece ser um absurdo, visto incluir a recomposição ou ressurreição de corpos que se transformaram noutras matérias.
É certo que, a partir do estudo de Werner Heisenberg, prémio Nobel da Física de 1932, sobre a Mecânica Estatística que abalou o conceito de Mecânica Clássica, muita coisa mudou e que levou a pensar na probabilidade dos acontecimentos e não nas certezas. Segundo essa mecânica, o Universo passou a ser probabilístico, descontínuo, desde que apoiado em razões lógicas.
Concluímos que, após cada revolução científica, passa-se a ver tudo de forma diferente mas, na realidade, nada mudou, continua a ser sempre o mesmo. O Homem é que muda. Cada homem procura ver a realidade segundo a sua própria lógica, uma imagem simples e clara do Mundo. Terá cada homem a sua lógica? Haverá tantos mundos quantos cérebros humanos? Na realidade, a Verdade lá está, sempre esteve, os humanos é que passaram a ver de forma diferente. Isto significa que cada homem tem a sua perspectiva, a sua lógica mas as coisas não mudam por isso.
Há quem defenda o processo de reencarnação da alma ou do espírito e eu, pelo contrário, defendo a desencarnação. Isto, porque, mesmo no Cristianismo, tudo deve ser o mais simples e de conformidade com as leis naturais que, para os crentes, são as leis de Deus, não a dos comportamentos dos seres inteligentes mas da constituição universal, isto é da Física, enquanto que a reencarnação parece-me pouco racional e sem finalidade prática, à vista.
Para se chegar a conclusões plausíveis, há que questionar e equacionar, se possível, qual a finalidade do Universo Físico, para que serve, na perspectiva da Criação. Aí entraremos, de imediato, no mundo espiritual que as religiões definem, cada uma à sua maneira, mas com um ponto comum que é a existência dum mundo espiritual que tudo criou mas que nos transcende. Isto é uma constante. Que o espírito criou matéria para esta criar espírito. Parece ser este o ciclo universal. Nesta perspectiva, não vejo qualquer necessidade de reencarnação, vejo sim que, em termos práticos, isto não passa de uma fábrica de espíritos, ou seja criar um espírito, através da matéria inteligente, durante uma vivência no Universo físico. O Espírito, formado pela Consciência e Razão, aquando a aquisição dum neocórtex desenvolvidíssimo, por meios evolutivos, transforma-se, pelas vicissitudes da existência, no que os crentes na vida espiritual chamam Alma. Isto, porque existem os adeptos da Criação, os teístas e os do Acaso, do Fortuito os ateístas. Mas este já será outro problema também bastante emocionante que se poderá abordar se houver condições para tal.
Como se sabe, a Ciência diz-nos porquê e a religião diz para quê. Isto é enquanto a Ciência procura saber como o Universo físico foi feito, a Engenharia Divina e nada mais, as religiões preferem mais discutir a sua finalidade. Daí, eu não ver a necessidade da reencarnação como finalidade do Universo mas sim a formação do espírito, durante uma vivência corpórea, e sua desencarnação, após a morte física, ou seja a extinção do corpo cuja matéria regressará à terra donde proveio, transformando-se, segundo as leis da Física citadas por Lavoisier..
Após largar a sua “placenta”, o corpo que deu o gozo e sofrimento, todas as emoções, e contingências durante a vida, é muito provável que entremos no transcendente alimentado pela Fé, ou seja na vida espiritual eterna de que todas as religiões falam, livre do sofrimento e das necessidades da matéria que condicionam o ser humano. Esse Universo do espírito, sem espaço nem tempo, é inatingível e inobservável por meios físicos, daí a impossibilidade de ser detectado e provada a sua existência, dependendo apenas da dedução lógica e da Fé. Depreende-se que o mais racional parece ser, de facto, a desencarnação ao fim duma vida física que apenas serviria para a formação da alma. É uma finalidade muito racional e lógica mas lá está o que parece, poderá não ser mas a Verdade existe, esteve lá sempre independente do nosso raciocínio em qualquer espaço tamporal.
Poderá existir algo de inverosímil e inaceitável nesta visão da finalidade do Universo mas que tem a probabilidade de ser a Verdade, é inegável. Isto equacionado numa equação a duas incógnitas com a constante da crença religiosa no mundo espiritual, talvez se chegasse a conclusões mas estou ciente que faltam muitos dados também determinantes mas ainda desconhecidos, imponderáveis e talvez inatingíveis.
29/01/07
Reinaldo Beça

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