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Artigos-->ASSIM NÃO DÁ -- 28/11/2004 - 23:50 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




ASSIM NÃO DÁ

(Por Domingos Oliveira Medeiros)



Para que servem as eleições? Se o Congresso Nacional já acumula mais de quatro meses sem votar uma só matéria? E depois, como sempre, os senhores parlamentares, certamente, serão convocados, na última hora, para, de forma atabalhoada, votarem alguma coisa; geralmente, sem importância; e embolsarem dois salários extras, por uma ou duas semanas de “trabalho”, se tanto, como presente de Natal.



O pior é que o nosso presidente, campeão imbatível no que se refere a emissão de medidas provisórias, acaba contribuindo com a farra que se faz com o dinheiro público, na medida em que entope a Casa Congressual com um avalanche de MPs, que nada têm de urgência ou de relevante, como é o caso do foro privilegiado para o titular do Banco Central, por exemplo.



Enquanto isso, a CPI do BANESTADO, o maior escândalo deste país, envolvendo engravatados - e recursos da ordem de 60 bilhões de dólares, de origem duvidosa, que foram mandados para contas em bancos de paraísos fiscais -, chega ao seu final, de forma decepcionante: sem nenhum resultado prático. A não ser o bate-boca de seus pares, que perderam tempo com discussões estéreis e descabidas, prestando um desserviço à Nação.



Talvez nos reste, ainda, a última chance: a de que o Ministério Público avoque para si a responsabilidade jogada na lata do lixo, e retome as investigações. Caso contrário, teremos que nos conformar com o grito pertinente do jornalista Boris Casoy: ISTO É UMA VERGONHA!......



De outra parte, resta-nos torcer para que os profissionais de grande parte da mídia, não necessariamente os jornalistas, mas, sim, os empresários do setor de comunicação de massas, possam dedicar maiores espaços para essa causa, que se afigura crucial para restabelecer os valores éticos e morais que devem nortear as ações políticas de nossos governantes e representantes.



A omissão, e/ou a distorção de fatos, na prática, é censura das mais odiosas, posto que se esconde nas entrelinhas e reportagens internas de jornais e revistas; é ali que alguns articuladores fazem o contraponto da matéria anunciada com alarde na primeira página dos jornais, tecendo opiniões próprias, geralmente contrárias às dos editor, em proveito do jornalismo sério e responsável. Infelizmente, estes artigos alcançam um diminuto número de leitores da classe média, ditos formadores de opinião, que compram e lêem jornais com maior freqüência.



Para a grande massa da população, todavia, que não lê jornal - seja porque analfabeta ou por limitações de ordem econômica -, a leitura se faz através das manchetes de jornais e revistas pendurados nas bancas; manchetes que retratam, de forma disfarçada, o apoio que este segmento da mídia empresta ao governo, em obediência aos interesses escusos da chamada classe dominante (banqueiros e credores, principalmente), sempre de olho nas próximas eleições, cientes de que o povão, como é chamado pela elite, possui titulo de eleitor e, por ser em maior número, costuma decidir qualquer eleição.



Agora mesmo, esta parte da imprensa, supostamente comprometida, com os governantes de plantão, disseminam a idéia de que, em 2006, o embate para o cargo de presidente da República será entre o PT e o PSDB, como que alijando os demais partidos políticos do processo eleitoral, pela via da manipulação de informações.



E tudo isso para estabelecer a linha de conduta ditada pelos detentores do capital, que apostam na continuidade da política econômica de endividamento e de juros altos, para continuarem auferindo lucros exorbitantes, visto que, em termos de ideologias, diretrizes e de ações governamentais - principalmente as de ordem econômica -, não há diferenças significativas entre o PT, que está no poder, e o PSDB de FHC.



Assim, banqueiros e credores pretendem garantir, desde já, mais quatro anos de vacas gordas, às custas, naturalmente, do povo que vem sendo induzido a trocar, nas urnas, seis por meia dúzia: apostando em mudanças. E pagando (literalmente) para ver. Seja através do aumento da carga tributária, agravada pelo aumento do custo-de-vida, com o reajuste de preços, notadamente o das tarifas públicas, seja pela redução dos salários ou pela falta de emprego.



É assim que o Brasil continuará cometendo erros e desacertos, e nossos governantes repetindo desculpas do tipo “foi sem querer querendo”.



Urge, pois, separar o joio do trigo. Cortar relações com essa gentalha. Para tanto, não tenho dúvidas de que chegará o dia em que o chamado povão, que assiste televisão, não mais se impressionará com fantasmas ou com bruxas do 77, posto que ainda existem lideranças e líderes de audiência que acabam, de um jeito ou de outro, ensinando alguma coisa de útil, ainda que de forma ingênua e despretensiosa, como é o caso do Chapolin Colorado, por exemplo. Só ele poderá nos salvar. Se a outra parte da imprensa ajudar, é claro! Basta que o povo não se irrite. Manter a calma na hora de votar e usar o bom senso ao escolher seus candidatos.



28 de novembro de 2004

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