A minha placa-mãe
Aquela filha da puta
Me deixou na mão
Me deixou sem computa
E nos dias inteiros
Longe dos usineiros
Quase fico biruta.
Pois fiquei sem acesso
Ao meu papel e caneta
E a vocês eu confesso
Uma saudade porreta
Deste meu povo bonito
Com quem tenho escrito
Aqui no Usina de Letras.
E não foi um só dia
Foi mais de uma semana
Perdi toda a alegria
Pela falta da grana
Pra comprar pro computa
A placa filha da puta
De origem americana.
E nesses dias distantes
Eu bem sei que perdi
Coisas interessantes
Que sempre rolam aqui
Mas hoje estou animado
Pois de novo antenado
Eu já voltei a sorrir.
Estou de volta ao usina
E vou contar pra vocês
Que pouca gente imagina
A grande falta que fez
Este ambiente usineiro
Onde me dou por inteiro
Em busca de lucidez.