Claro, como estou em Portugal, se estiver um brasileiro ao meu lado, eu estarei desde logo em primeiro lugar... Sou de cá, pois...

Por outra claridade, se eu estiver no Brasil, obviamente, sequer careço de prévia elucidação: estarei sempre aquém dos 180 milhões de pipilantes colibris. Sou de lá...

Porquê?

Bem, em 2006, eu considero que esta ideia, na prática, verte de miolos embrulhados em autêntica trampa mental.

Como fui eu educado?!...

Em garotinho, vi com os meus olhos, e senti-me inteiramente feliz, os meus pais, por várias vezes, predisporem o seu lauto quarto de dormir aos visitantes amigos que, por sua vez, se dispunham a fruir mais um ou dois dias no seio da minha família.

Também eu tive a dita, logo que adulto, de proceder honrosamente de igual modo e de passar a noite inteira preocupado com o bem-estar do casal meu amigo.

Interrogo-me: que espécie de sociedade estaremos nós hoje em dia a cultivar?

A mim, parece-me, que Deus, em lugar de mandar um só Bin Laden, deveria aplicar um milhão deles. Entre inocentes e culpados poderia ser que o mundo se aliviasse da grandessíssima merda que permanece persistente a conspurcar a humanidade.

Você não acha que a ideia do mundo global, a começar pela independência-dependente de Timor, é tão-só uma brincadeira onde os "ladrões privilegiados" se divertem e os outros se fartam de bater com o costado no chão? Não admira: sempre, desde sempre foi assim...