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Artigos-->Exibição de conceitos culturais em Palmas -- 24/11/2004 - 17:00 (Paulo Milhomens) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Há quem diga que fazer arte no Brasil seja um tiro no escuro. Eu afirmo isso: talvez a política de conduta de cada artista reflita diretamente na sua formação individual. Não creio que os fins justificam os meios. Para devidos progressos na arte de se fazer política cultural, é comum vermos reflexos da Arte Contemporânea, rompedora cruel do establishment conservador que, infelizmente, ainda impera ideologicamente em grande parte dos artistas brasileiros. Talvez seja por isso que levianamente existam grupos populistas ávidos em defender seus interesses na constituição administrativa dos recursos destinados à cultura neste país. Criar espaços são processos políticos e sociais que são travados para a mudança, em sua maioria – desde que a contestação não possa ser admitida – geram resistência em amplos setores da democracia brasileira. Vejamos o caso de Gilberto Gil, Ministro da Cultura, ao propor no Congresso Nacional ( para o ano que vem!) a aprovação do projeto ANCINAV – Agência Nacional de Cinema e Audiovisual, e na ocasião, foi ofendido por grande parte da mídia brasileira e setores da cultura nacional, tratando-o como autoritário e oportunista.



Para devidos esclarecimentos sobre o artigo publicado no Jornal do Tocantins, edição 3.200, de 22 de outubro de 2004, de autoria do artista Cícero Belém Filho, digo tranqüilamente – para interesse de quem quiser saber – que a conduta política do ator Paulo Milhomens, não se restringe a meras disputas ou “provimentos” de cargos governamentais. Aliás, até entendo que a máquina administrativa em determinados pontos cria uma certa dependência social nos quesitos à expansão das ações alternativas num processo de formação cultural. Neste raciocínio, não podemos confundir criticidade social com bairrismo, uma vez que nunca fui e nem sou ligado a qualquer partido político. Diz-se segundo preceitos marxistas, que etapas de profundas mudanças nas sociedades do globo se darão com a consciência de classes, ou seja, as representações burguesas sendo submergidas pela análise crítica do povo sobre sua representatividade. Portanto, meu caro Cícero Belém Filho, não confunda ética com éter. Discussões devem ser levantadas em âmbito profissional, e para sua apreciação, a comunidade onde trabalho não possui qualquer informação sobre as ações do CMC ou do NEC ( Conselho Municipal de Cultura e Núcleo Executivo de Cultura, respectivamente ). Qual a razão? O direcionamento do plano de ação deste órgão junto às quadras onde existem manifestações freqüentes que não são vistas pelos devidos mecanismos de intervenção acima citados. Primeiro, precisamos entender o conceito de utopia, para depois passar ao cientificismo. Concordo, a política tem que continuar... Mas de outra forma. Se o próprio CMC e o NEC, submeterem a população desta cidade a uma enquete para pesquisa de opinião pública, uma teoria real virá por terra. Aliás, determinados níveis de experiência servem para mostrar o panorama real das coisas, como já foi dito anteriormente. “Achamos natural que pessoas ou grupos se articulem para ocupar espaços no novo Governo”. Também acho perfeitamente natural, inclusive aqueles que estão mais próximos do aparelho do Estado. Mas vamos ao picadeiro: a atuação de um artista ligado a um movimento popular, transcende uma desgastada discussão ou tentativa de angariar benefícios individuais. Precisamos, sim, é desenvolver uma visão mais holística dos fatos, sem retóricas arcaicas.



Gostaria, sim, de finalizar: concordo, ‘Cultura’ está acima de partidos. Mas é preciso entender que ideologia é fundamental para qualquer artista – seja de esquerda ou direita – , e sua estruturação política deve ser independente. Portanto, vale perguntar qual ideologia está a serviço do bem comum. Eu particularmente tenho a minha. O leitor, eu tenho certeza, deve ter a sua. A dialética é fundamental num país tão contraditório como o nosso. Sou esquerdista por opção, nunca fiquei e nem pretendo ficar em cima do muro.





Paulo Milhomens

Ator e estudante de História

paulokalil@hotmail.com

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